sábado, 22 de janeiro de 2011

Repórteres e tragédias

Hoje é o típico dia para o qual todos nós jornalistas fomos formados. Dia de cobrir um evento de grandes proporções, que envolva muita gente, boa parte da população. Infelizmente, é por causa de uma tragédia, de uma série de situações que colocam as pessoas em perigo, desespero.

As chuvas que caem há dias em Santa Catarina - há mais tempo na região Sudeste - trazem morte, doença, tristeza, caos, pânico e tudo de ruim que pode acontecer para um ser humano. Ao jornalista, cabe mostrar a situação, como forma de alerta e de informação. Para as vítimas, para aqueles que são vítimas em potencial e para as autoridades. Aos primeiros, nos cabe mostrar rotas de fuga, riscos de desabamentos, locais de acomodação para desabrigados, formas de contato com polícia, bombeiros, etc. Para o segundo grupo, temos que alertar sobre os riscos de, por exemplo, continuar em uma área condenada ou de encarar uma rodovia onde o trânsito não flui ou existe a possibilidade de deslizamento de barreiras. Para o grupo final, é dever da imprensa colaborar na divulgação de informações oficiais e fiscalizar os atos, a maneira como a situação vai sendo controlada, além de indicar eventuais responsabilidades pelo caos.

Não estou mais repórter - pois todo jornalista é, em sua essência, um repórter, eternamente, mesmo que não pratique esta parte de sua formação. Mas hoje eu gostaria de estar repórter. Imagino a correria nas redações, a adrenalina de quem está indo às ruas apurar os fatos, ajudar as pessoas. Como não posso fazer isso, minha forma de colaborar está no Twitter. Procuro replicar as informações que outros colegas e os órgãos oficiais vêm divulgando na rede social.

Não é muito. Ou melhor, é quase nada. Mas é um modo de colaborar. Não tenho tantos seguidores assim no Twitter, mas se as mensagens que repasso chegarem até eles, a tendência é que estes enviem para frente e assim a roda vai girando.

Um minuto de silêncio para as vítimas fatais de mais esta lição que a natureza nos dá.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Falta ousadia no Rock In Rio

A produção do Rock In Rio já anunciou várias atrações. Incluindo as da chamada "noite metal" ou qualquer expressão babaca tipo essa. Metallica, Motörhead, Sepultura e Angra são os primeiros nomes confirmados.

Pelo visto, Roberto Medina está de olho - obviamente - no lucro. Assim, melhor trazer medalhões que são garantia de público. Para nós, fãs da música é uma pena, considerando que Metallica esteve no Brasil ano passado, Motörhead virá no início de 2011, Sepultura já teve sua chance em outro Rock In Rio e o Angra tocou em todos os demais grandes festivais dedicados à música pesada no País.

Outro dia, no Twitter, brinquei que se o Medina fosse macho mesmo, traria o "Big 4", como se denominou a tour com os quatro maiores do thrash mundial (Metallica, Anthrax, Slayer e Megadeth - apesar de eu achar que deveria ser "Big 5", incluindo o Testament). Seria mais macho ainda se conseguisse reuniu a formação original no inigualável Black Sabbath. Nada que alguns milhões de dólares não consigam fazer.

Agora, se fosse para experimentar mesmo, que tal grupos desconhecidos da grande mídia, totalmente desconhecidos do povo leigo? Um festival que foi tão ousado em suas origens, ainda mais quando resolveu mudar de continente e mantendo o nome "In Rio", que sempre ousou - até demais - ao incluir artistas que são qualquer coisa, menos rock, não seria hora de ousar na escolha do cast?

- Pain

Projeto do músico, compositor e produtor sueco Peter Tägtgren, o Rick Rubin da Suécia.



Uma das raras unanimidades na cena pesada, Tägtgren é um renomado produtor do estilo e no seu projeto Pain fez uma interessante mistura de rock pesado com linhas pop eletrônicas. Alguns rotularam o estilo de Future Pop. Bobagem! É sonzêra e pronto.



- Lordi

A banda finlandesa Lordi mistura hard rock com visual na linha do Kiss e Alice Cooper, com pitadas de Twisted Sister no som. Os malucos tocam com fantasias de monstros (!!) que, de tão ridículas, ficam muito legais. Ou seja, mais comercial, impossível. Mas o que importa é o som: