segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ao vivo, em Brasília

Nesta que é a primeira postagem em Brasília fico pensando no desespero dos colegas repórteres de Florianópolis, todos atrás de novidades - há dias - sobre o colegiado do governo Raimundo Colombo. Lembrei de como é terrível ser repórter de política no final do ano. Mas também não é muito agradável para repórteres de esporte, por exemplo. Há um vácuo de pautas, as fontes somem, entram em férias, as grandes matérias praticamente inexistem.

Disso eu não tenho a menor saudade. Nestas horas acho excelente ser assessor de comunicação. Desejo sorte aos colegas, gostaria de poder ajudar mais, porém não disponho de informações que eles querem: nomes confirmados no primeiro, segundo ou em qualquer escalão do governo. Alguns até já desistiram de me procurar.

Também penso que não defini minha situação profissional para 2011. Ainda náo sei se virei morar em Brasília ou se me tornarei freguês das companhias aéreas fazendo idas e vindas semanais para Santa Catarina. Isso, ao menos, certamente garantiria uma milhagem fabulosa.

Sobre o Rio de Janeiro.. não há o que falar. Só ficam as dúvidas sobre o real sucesso desta operação toda, sobre como o Estado fará para ocupar decentemente o lugar dos traficantes e oferecer a dignidade que os moradores das favelas cariocas necessitam. E, pensando melhor, se no Rio levaram pouco mais de duas horas, quanto tempo se levaria para tomar o Morro da Cruz, em Florianópolis? Ou lá não existem traficantes?

Digo mais, só há tráfico porque há consumo. Passou da hora de acabar com a hipocrisia da sociedade brasileira. Sim, quem consome, financia o tráfico. Provem o contrário e mudo meu discurso.

Futebol? Deu tudo certo para os times de Florianópolis, no final das contas. Ótimo para a cidade, que terá dois clubes na Série A, representando mais dinheiro arrecadado com torcidas visitantes, mais exposição na mídia nacional, etc e tal. Só espero que a rivalidade entre Avaí e Figueirense se mantenha no limite civilizado das piadinhas.

Para finalizar e voltando à minha questão profissional: trabalhar no Congresso é tudo de bom e mais um pouco para quem é jornalista. Desconfio que seja muito mais excelente para quem está repórter. Espero, muito em breve, me provar que é assim também para quem está assessor de comunicação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mudança de hábitos

Há meses venho fazendo um check up geral. Meses, explico, em função da agenda atribuladíssima que foi minha vida durante a campanha para o Senado. Agora, finalmente, estou finalizando o assunto. Eu também vinha pensando em melhorar minha alimentação e voltar a praticar algum tipo de atividade física.

Achei melhor ir em um especialista no assunto e, após uma bateria de exames, surpresa! Meu fígado contém 30% de gordura, o que, tecnicamente, me deixa à beira de uma cirrose hepática. Meu susto foi gigante, pois não bebo o suficiente para isso. O médico provou por A + B que a cirrose não vem apenas do consumo de álcool. Estou colhendo agora os "frutos" de uma vida sedentária e uma alimentação nem um pouco balanceada.

Gahei uma coleção de remédios para tomar por 15 dias e uma dieta braba pelo mesmo período. Estou sem massas, sem arroz, sem churrasco, sem cerveja. Só na base de queijo branco e peito de peru, saladas verdes (só gosto de alface) e carne grelhada, além de barras de proteína e maçã e chá verdes. Honestamente, fome não estou sentindo. Para minha surpresa, esta alimentação frugal dá "sustânça". O diabo é ficar sem sentir o gosto das coisas boas de uma "dieta dos campeões".

Amanhã tenho que fazer aquele teste da esteira, acho que para medir capacidade pulmonar e resistência. Só então virá o programa de exercícios em uma academia. O recado foi claro: ou para agora e cumpre, ou enfrente consequências muito mais graves em curto período de tempo. Agora, nem me perguntem o investimento financeiro nisso tudo. É, como diz um deputado conhecido meu, "de chorar em alemão de trás para frente".

Florianópolis sem segurança

Ainda não sei o que me assusta mais:

- o secretário de Estado da Segurança confirmar que há nos presídios de Santa Catarina uma facção criminosa nos moldes do PCC paulista, o PGC (Primeiro Grupo Catarinense)

ou

- ele reconhecer que o tema era conhecido mas, até pouco tempo, simplesmente foi tratado como, palavras dele, se não existisse.

A matéria de hoje do Diário Catarinense, manchete de capa, mostra isso tudo e um pouco mais. A reportagem é um reflexo da onda de assaltos que tomou conta da capital de todos os catarinenses nas últimas semanas. O texto do colega Rafael Martini pode ser lido aqui.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vou falar.. só um pouco

O que me agrada é que, apesar de eu ter atualizado pouco este blog, quando o faço, gero murmúrio. Dois visitantes, um cliente antigo e outra ainda novata, reclamaram do post anterior. Ao primeiro, digo que o blog é meu e escrevo nele o que desejar. Se ele pode ser ranzinza, eu também posso. Para a segunda, pense bem... ao ficar sem dizer nada, acabei dizendo muitas coisas...

Fico contente também em registrar a presença de Maria Fernanda Ribeiro, saudosa colega dos tempos do jornal Bom Dia Jundiaí. Jornalista extremamente competente que merece espaço em qualquer redação que se preze. Seja bem-vinda e volte sempre. Agora que a eleição passou, a tendência é que este blog retome suas atualizações regulares.

Para finalizar o dia, afinal sou filho de Deus e estou de folga, sobre a eleição... democracia deve ser respeitada. Uma maioria decidiu um rumo, vamos nele, fiscalizando e ajudando no que for possível. Mas acho legal lembrar que praticamente metade do eleitorado deixou claro que deseja mudanças. Estou neste grupo. Passou da hora de mudar para melhorar. Torço para que vencedores não se apeguem com vendettas e idéias retrógradas.