terça-feira, 31 de março de 2009

Equipe, brother!

De uns tempos para cá, em todo e qualquer discurso, o governador Luiz Henrique da Silveira faz questão de destacar seu vice, Leonel Pavan. "Com quem governo a quatro mãos" virou frase emblemática.

Seria uma maneira de tranquilizar o PSDB, reafirmando o compromisso de renunciar em 2010 para que o vice tucano assuma o governo estadual? Ou o contrário?

Aproveitando a deixa dos discursos de LHS, não se pode negar que ele é um alívio para as platéias e para a imprensa. O homem, na maior parte das oportunidades, vai ao microfone e dá o recado em duas ou três frases. Ao contrário da imensa maioria dos políticos, ele não perde tempo com o tradicional, irritante e desnecessário "quero cumprimentar o fulano, quero cumprimentar o cicrano, quero cumprimentar ainda o beltrano, em nome de quem aproveito para lembrar de jostrano".

Quem, afinal de contas, disse para os políticos que eles devem fazer a população perder tempo ouvindo tantos cumprimentos? O ideal é cumprimentar o cidadão mais gabaritado na cerimônia "em nome de quem cumprimento as demais autoridades presentes" e pronto, segue o discurso. De preferência com, no máximo, três minutos de duração.

terça-feira, 24 de março de 2009

Quebratudo, Leão!

Com seis dias de atraso, mas agora vai!

Eis a prova do crime: infiltrado nas sociais do Joinville, vi a brilhante vitória do Avaí sobre o time da casa, na 7ª rodada do returno do Catarinão 2009. Na foto, ao fundo, estavam os cerca de 150 torcedores que foram de Florianópolis até o Norte do Estado para acompanhar o único clube de Santa Catarina na Série A do Campeonato Brasileiro.

Todo mundo que acompanha já sabe, mas foi um jogo difícil. Arbitragem equivocada, cometeu erros que prejudicaram os dois times. O Joinville era líder e único candidato - naquele momento - ao título com merecimento. Mas não conseguiu repetir o bom desempenho que mantinha até então. O resultado de 1 a 0 foi pouco. Para ambos os lados. O JEC teve boas chances, o Leão da Ilha muitas. Mas faltou craque, goleador, homem-gol. Este Avaí atual nem de longe lembra o que garantiu o acesso à elite do futebol nacional. E, se nada for feito, não tenham dúvidas, vai ser bate-e-volta.

Foto: Jefferson Fonseca

Infiltrado: Avaí até na torcida adversária

O engraçado do jogo em Joinville foi ter que atuar como torcedor do JEC. A cada ataque do Avaí, o jeito era gritar e reclamar, como se tricolor eu fosse. Para minha sorte, estava com outro avaiano, o Roberto. Ajudou no disfarce. E olha que ainda tínhamos um alvinegro ao nosso lado, o secador Jefferson Fonseca. Mas nem isso atrapalhou.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Tira foto, fotógrafo!

O boa praça Marcelo Bittencourt, de quem fui colega no jornal Notícias do Dia, em Florianópolis, estava atento à cerimônia de homenagem ao ex-deputado Paulo Stuart Wright, desaparecido político dos Anos de Chumbo da História do Brasil.

Foto: Alessandro Bonassoli

No lance: Entrou no foco, lá vai o flash

Ao perceber que estava sendo registrado, Marcelo não teve dúvidas: lascou uma foto no sentido inverso.

Ah... e, ao contrário do que se possa imaginar, o deputado federal Gervásio Silva não estava dormindo durante a cerimônia realizada no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina.

terça-feira, 17 de março de 2009

Paradoxos da tecnologia

O que seria de nós sem a tecnologia? Alguém consegue imaginar uma vida sem celular? fax? e-mail? tela de plasma? internet? tv a cabo? máquina fotográfica digital? cabo USB? e todas as demais tranqueiras sensacionais criadas nos últimos anos?

Mas tudo tem o outro lado da moeda. Experimente procurar no comércio de Florianópolis uma bolsa para guardar máquina fotográfica profissional. Praticamente impossível encontrar. Nem mesmo nas tradicionais lojas do ramo, tipo a anteriormente poderosa Realcolor, você acha o produto. Algumas vendedoras sequer sabem o que é a bolsa ou a tal máquina profissional. A turma só conhece as maravilhas da fotografia digital.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Trapalhão, a sereia, as bicicleteiras, os políticos e a abelhinha

Retratos do aniversário da cidade de Joinville, que completou 158 anos hoje. Além dos tradicionais desfiles de escolas, unidades militares e entidades em geral, um dos destaques foi o Trapalhão Dedé, que chamou a atenção do público em um dos carros do Beto Carrero World. Na sequência, uma sereia da mesma trupe, as simpáticas vovós e suas rosadas bicicletas, políticos de ideologias diametralmente opostas e a abelhinha de uma das várias princesas das muitas festas típicas alemãs.

Fotos: Alessanddro Bonassoli

Eterno: Já catarinense, Dedé ainda mostra o carisma que o consagrou



Do mar: Parecia Carnaval, mas era desfile cívico



Vitalidade: Alegria e disposição sem fim



Unidos: PT, PMDB e PSDB no palanque e nem é época de eleição



Discrição: A tatoo sem zumbido

Au-au infrator?

Esta o Zanfra pode elucidar: não é proibido conduzir animais com a cabeça para fora do veículo?

O flagrante abaixo foi feito hoje pela manhã, em Joinville. Caso o fato for uma infração os pontos vão para a carteira do motorista ou do cachorro?

Foto: Alessandro Bonassoli

Au-au: Cão faz a ronda nas ruas de Joinville

sexta-feira, 6 de março de 2009

Floripa sem Beats

Há alguns dias eu lembrei de vários shows prometidos para a capital de todos os catarinenses e que nunca aconteceram. Bom, agora, pelo visto, segundo fonte segura deste blog, haverá um novo capítulo nesta saga. Se bem que, sejamos justos, não será por calote de produtores pilantras.

Tá ligado no The Beats? Aquela banda cover dos Beatles que, supostamente, seria "a melhor do mundo"? Os caras até tocaram em Florianópolis - no palco do Centro Integrado de Cultura (CIC) - em 2008. Pois é, o produtor Paulo Plentz (que tem exclusividade para agendar shows deles no País) está na correria para tentar trazer a banda novamente para a cidade, cuja apresentação anterior reuniu cerca de mil pessoas.

A primeira tentativa foi o CIC, mas como o local está em reformas, sem chance. O homem tentou o Teatro Pedro Ivo, anexo ao Centro Administrativo. Não deu. O lugar é pequeno para toda a infra-estrutura que o grupo necessita (com telões, cenário, etc e tal). Plentz ainda tenta encontrar uma área adequada mas a tendência é que, pela primeira vez, Florianópolis fique de fora da série de shows. Passarela Nego Quirido é um tanto quanto exagerado para uma banda cover, mas que tal o LIC?

terça-feira, 3 de março de 2009

Vamos a la playa, senadora?

Senadora Ideli Salvati (PT) não propôs nada muito específico para a Educação ontem à noite, na abertura do Encontro de Secretários Municipais de Educação de Santa Catarina e do Paraná. No evento, que tem como palco um hotel de Ingleses, no litoral Norte de Florianópolis, ela que já foi professora e sindicalista, combatente ferrenha, porém respeitada, acabou aplaudida ao citar que todos deveriam ir à praia. Afinal, segundo ela, não se pode ficar sem conhecer a maravilha que é aquela região da capital catarinense.

Tem razão. Vale o passeio. Mas faltou mais discurso político, mais propostas para a sempre combalida educação brasileira. As várias dificuldades sociais da Favela do Siri, conhecida no modo politicamente correto como Comunidade do Arvoredo, sequer foram lembradas. Lá, por sinal, um PAC vinha bem a calhar. Mas os turistas-secretários, claro, nem devem sonhar que há problemas sociais na capital da utopia.

Na mesa estavam ainda os também petistas Cláudio Vignatti, deputado federal e, dizem, pré-candidato ao Senado, e o deputado estadual Pedro Uczai. Presidente da Comissão de Educação na Assembléia Legislativa, Uczai acabou, por ironia, sentado ao lado do Secretário de Estado do setor, Paulo Bauer, durante o discurso deste. Uczai vem ocupando espaço na mídia, cobrando a presença do secretário no Parlamento, para explicar como fica a situação do piso salarial do magistério em Santa Catarina. Segundo ele, o tucano teria sido convocado. Na verdade, o documento oficial enviado pela Assembléia é um convite, com "data e horário a confirmar". Mas isso é um detalhe.

Se a imprensa local estivesse cobrindo o encontro em Ingleses, talvez surgisse alguma expectativa sobre algum tipo de discussão (positiva ou negativa) entre os dois deputados (Bauer é federal). Mas, em eventos no início da noite não se pode esperar que exista repórter nas ruas de Florianópolis. Afinal, horário de fechamento é por volta das 19 horas. Excluindo, claro, casos muito especiais. Não rolou debate nem discussão. Não se misturaram os temas e ambos trocaram meramente um cordial cumprimento. E viva a democracia!