sábado, 24 de julho de 2010

Quem não chora, não... se elege

Pensando bem, vou fazer um registro. Até agora, só um candidato e uma candidata me pediram voto.

E olha que, ultimamente, tenho convivido com muitos, muitos, candidatos. Sei lá, acho estranho, como desejam se eleger se não pedem voto?

Sem updates

Tenho muita coisa para contar destas duas primeiras semanas de campanha Estado afora. Mas depois de dormir só duas horas de quinta para sexta e quatro horas de sexta para sábado e ainda ter que levantar amanhã, domingo, às 6 da madrugada, vou me reservar o direito de dormir um pouco mais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Vai começar a campanha

Começa amanhã. Vou para a estrada em uma campanha política. Quem diria? Jamais imaginei - mesmo quando iniciei a faculdade de Jornalismo - que um dia eu iria trabalhar neste ramo. Nunca fui fã de Política. Na verdade, na adolescência, o assunto me era completamente alheio. Eu apenas via comentários na TV esporadicamente. Mas não entendia nada do que os jornalistas da época tanto falavam.

O interesse só surgiu durante minha passagem pela Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto (SP), quando fiz algumas matérias. Anos depois, no extinto AN Capital, tive uma meia dúzia de pautas sobre o assunto. Me interessei mais quando fui editor na rede Bom Dia de jornais. Minha editoria era outra, mas nos plantões de finais de semana as colunas de política passavam pelo meu crivo. O estilo do texto e, talvez até mais, os sub-textos começaram a despertar minha curiosidade.

De volta, outra vez, em Florianópolis, graças ao colega Mauro Geres, a quem sempre serei devedor por duas oportunidades únicas em minha carreira, acabei finalmente virando repórter do setor no Notícias do Dia. E que delícia era cobrir Assembléia Legislativa. Foi um pouco mais de um ano de muita diversão, pautas desafiadoras. Principalmente para quem estava começando a se inteirar dos fatos. Entender leva muito mais tempo, acredito.

Infelizmente, o salário de repórter me fez desejar mudar de profissão. Não foi preciso, acabei virando assessor de imprensa de um político. Hoje estou no "outro lado do balcão". O desejo de cobrir uma campanha estadual finalmente será saciado, de outro modo. Não na cobertura por um jornal. Mas tá valendo. Vou lá aprender mais coisas. É hora de crescer mais um pouco. O ritmo, claro, será puxadíssimo, como mostra o roteiro abaixo. É assustador, estressante, nos mantém distante geograficamente de nossas famílias, mas estou contando as horas.

14/07 - Blumenau - 19h30

15/07 - Brusque - 9h, Timbó - 14h30, Jaraguá do Sul - 19h30

16/07 - Canoinhas - 9h30, Mafra - 14h30, Joinville - 19h30

17/07 - Itajaí - 14h


19/07 - Caçador - 19h30

20/07 - Curitibanos - 9h, Campos Novos - 14h30, Videira - 19h30

21/07 - Joaçaba - 9h30, Seara - 14h30, Concórdia - 19h30

22/07 - Xanxerê - 9h, Quilombo - 14h30, Chapecó - 19h30

23/07 - Lages - 19h30

24/07 - São Joaquim - 9h



26/07 - Ibirama - 19h30

27/07 - Taió - 9h, Ituporanga - 14h30, Rio do Sul - 19h30

28/07 - Laguna - 9h, Braço do Norte - 14h30, Tubarão - 19h30

29/07 - Araranguá - 14h, Criciúma - 19h

30/07 - Palmitos - 9h, Itapiranga - 13h30, Dionísio Cerqueira - 14h30, Rio do Sul - 20h

31/07 - Maravilha - 9h, São Lourenço do Oeste - 14h



02/08 - Grande Florianópolis - 19h30

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Direita ou esquerda?

Nos últimos meses, tenho ouvido amigos e colegas ligados ao PSDB dizendo que a imprensa é "toda petista". Folha de S.Paulo, Veja, Diário Catarinense, O Globo, UOL, o jornaleco "devezenquandário". Tanto faz. Estão todos "a soldo de Moscou". Ok, esta frase ninguém disse, mas foi irresistível empregá-la.

Agora ouço e leio colegas e conhecidos do PT acusando a mídia de ser tendenciosa. "Não divulgam os fatos positivos do governo Lula", bradou um. "São contra a Dilma", me garantiu outro.

Ora, de fato, não há como agradar gregos e troianos. E, claaaaro, a culpa é da imprensa. Convenhamos, na imprensa - assim como em qualquer outro ramo da atividade humana - hai gentes e gentes. Uns torcem pro Inter, outros pro Grêmio. Alguns gostam de feijão, há aqueles que preferem arroz. E é óbvio que há jornalistas "de esquerda" e outros "de direita". Particularmente, não sou de nenhum destes lados. Sou apenas jornalista. Volto a dizer, jornalista não deve ter partido político. Deve ser profissional. Mas esta,claro, é somente a minha humilde opinião, que só vale prá eu mesmo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Reflexão metálica

Vi o Iron Maiden em 1992 no ginásio do meu glorioso Internacional.

Entrevistei o mestre Kai Hansen e o Gamma Ray antes do inesperado show no Capoeirão.

Assisti, entrevistei e ganhei um autógrafo personalizado de Ronnie James Dio na véspera de um histórico show do lendário frontman em Santo Amaro da Imperatriz.

Assisti Megadeth, Faith No More, Dark Tranquillity, Motörhead, Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Manowar, Savatage, Helloween, Slayer. Iron Maiden mais umas 3 vezes pelo menos.

Tive a grata satisfação de ver Moonspell (e na platéia tinha um mano fantasiado de Mephisto!).

Cobri show do Overkill e minha matéria com texto que ligeiramente zoava a Argentina foi publicada em uma revista do país vizinho.

Estava no Kreator com o Destruction fazendo o opening act e antes o Frank "Blackfire" Gosdzik veio me cumprimentar.

Não só vi o The Gathering como ainda lasquei um beijo (no rosto!) na Anneke Van Giersbergen após a entrevista coletiva.

Anthrax, Blind Guardian, Nightwish.

Matei a fissura ao ver a primeira e única Doro.

Viajei de Florianópolis até Belo Horizonte de ônibus - 23 horas de estrada - para ver Mercyful Fate.

Realizei o sonho de ver o Rage ao vivo (e tocaram uma pérola do Avenger!). E o Stryper é ainda melhor ao vivo.

REALIZEI O SONHO DE VER O QUEENSRÿCHE. Com direito à camiseta autografada e foto com o Geoff "melhor do munto" Tate.

Entrevistei Blackie Lawless e depois VI O FUCKIN W.A.S.P.!!!

Sim, Udo Dirkschneider é o cara. Sim, David Lee Roth é o cara e tocou o melhor show de rock and roll de todos os tempos.

Tomei várias com os caras do Grave Digger na Vila Madalena depois de um dos 2 ou 3 shows deles que já pude assistir.

AC/DC na pedreira Paulo Leminski em Curita. Quase 25 anos depois, vi o Metallica.

Glenn Hughes em Floripa!! Judas Priest com Ripper Owens. Judas Priest com a formação clássica e Whitesnake abrindo a noite.

Testament tocando "Sins of Omission" em Curita.

Eu tava no histórico show do Ramones abrindo pro Sepultura, na tour do Chaos A.D., em Balneário Camboriú.

Rodei por Sampa com Warrel "Sanctuary" Dane e Jeff Loomis. Tirei foto com os 2 e o Zé do Caixão. Apareci num vídeo pirata de um dos shows do Nevermore em Sampa.

E, agora posso dizer, Neil Peart é mesmo um gênio.

Nebula na chopperia do SESC Pompéia.

Mas, definitivamente, os dois momentos mais HEAVY METAL de toda a minha vida foram:





Rob Halford... tocando duas faixas do incomparável FIGHT!

Fui ao Rock In Rio para ver somente estas duas músicas. Iron Maiden pouco me importava naquela noite (o show foi bem mais ou menos, por sinal).

E iria novamente DE SÃO PAULO AO RIO DE JANEIRO NUMA VAN LOTADA.

Não sei se foi por eu não ter visto o Fight ao vivo. Ou se porquê boa parte do público que estava naquele Rock In Rio não tinha a menor idéia de quem era Rob Halford. E isto é um sacrilégio para quem se diz fã de rock pesado.

Talvez tenha sido porque a agressividade na música do Fight me ajudou muito a colocar para fora toda uma série de frustrações que vivi no início dos péssimos nos 90. A tristeza por ver um verdadeiro irmão sucumbir diante das drogas, derrotas pessoais em vários campos. A mediocridade da Florianópolis de então. A sensação de imobilidade profissional, pessoal e cultural em uma província que era ainda mais provinciana.

"Nailed To The Gun" e "Into The Pit" foram o ápice daquele Rock In Rio prá mim. Momentos que continuam vivos em minha memória, de onde não podem ser arrancados.