segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quer dançar, quer dançar, o Tigrão vai te ensinar

Pensei em incluir este post na sessão "Realidade ou ficção" que os leitores mais antigos talvez recordem. Mas pensei melhor e isso seria um erro, pois o trecho a seguir é a mais pura realidade.

Depois de um longo e estafante dia, que iniciou às 6h50 e só acabou às 19h50, e de uma espera de mais de 20 minutos por um ônibus que me trouxesse do Centro ao bairro Pantanal, vi uma daquelas coisas raras. O ônibus não estava muito cheio e, assim que entrou em funcionamento, um dos passageiros levantou-se e foi ao setor de ligação entre as duas partes do veículo (sim, aquele já popular latão duplo que faz a linha "UFSC Semidireto").

Com fones de ouvido, o cidadão - na faixa dos 20 e tantos anos de idade - começou a cantarolar, aparentemente acompanhando alguma música que saía dos seus fones de ouvido, e a dançar. Freneticamente, para espanto e graça dos demais usuários do quase sempre monótono sistema de transporte da capital de todos os catarinenses. Sem olhar para trás, como se fosse o único ser vivo naquele carro, o rapaz dançou incansavelmente. Não como Jennifer Beals fez em "Flashdance". Parecia mais Carla Perez na fase É o Tchan. Enquanto a turma se esbaldava a rir, ou melhor, a gargalhar, o distinto foi até o chão, como se a boquinha da garrafa estivesse colada no piso do ônibus. Haja joelhos!

Foi assim até descer, na Beira-Mar Norte, logo depois do Shopping Center. Garantiu a alegria da noite de muita gente, pessoas que estavam mal-humoradas com o mau tempo e o trânsito caótico de Florianópolis. Engraçado como os transportes públicos são costumeiramente palco para cenas assim, digamos, diferentes. Ok, algumas são bizarras. Lembro de mais uma ou duas acontecidas aqui mesmo. E mais algumas no metrô de São Paulo. Acho até que já as comentei neste blog. Prometo, assim que tiver tempo, reler antigos posts e, se forem casos inéditos, prometo disponibilizá-los.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A vida muda e o repórter sonha

Quando comecei a prestar serviços para o então secretário de Estado da Educação Paulo Bauer, logo após as últimas eleições, sabia que ele era um político e candidato. A tendência era buscar a reeleição como deputado federal. Quase dois anos depois, ele agora é pré-indicado para disputar vaga no Senado. O plano B? pode disputar o governo do Estado, caso Leonel Pavan não encare a parada.

Mesmo depois de 37 anos de vida, ainda me surpreendo com as mudanças "no roteiro". Incrivel como o ser humano faz uma programação - quer seja pessoal ou profissional - e a vida altera tudo, de uma hora para outra, sem sequer telefonar, mandar um e-mail ou deixar um recado no blog para te dizer "olha, não vai ser do jeito que você imaginou, viu?".

Falando em mudanças, foi doidêra a primeira semana na Câmara dos Deputados. Não deu tempo nem para encontrar velhos parceiros que habitam a Capital federal. Só consegui falar com Jefferson Dalmoro e Lúcio Lambranho pelo telefone, mas nada de encontrá-los ou tomar uma gelada. O Diógenes Botelho, pior ainda, descobri que ele trabalha no mesmo prédio onde fica o gabinete onde vou trabalhar e sequer cheguei a conversar com o colega.

Nos dois primeiros dias fiquei meio deslumbrado com tanta gente, tanta notícia, com tanta informação ao mesmo tempo. Foi empolgante ver as comissões e o plenário funcionando, os colegas em cima do lance, cobrindo o dia-a-dia do parlamento. Deu uma saudade gigante de ser repórter. Mas quis o destino que eu fosse para lá trabalhando "no outro lado do balcão". Agora entendo o que comparsa Evandro Spinelli falava sobre Brasília. É adrenalina pura, é jornalismo de verdade, acontecendo o tempo todo, todo o tempo. É sonho de repórter se tornando realidade.

domingo, 18 de abril de 2010

Cai a ficha da violência constante

Começa a cair a ficha agora, domingo à tarde, sobre um episódio de ontem pela manhã. Ouvi as vizinhas da casa ao lado gritando "ele tá ali, mais para a direita", "subiu", "mais prá lá" e como as frases passaram a ser repetidas, abri a janela para ver o que acontecia. Eram policiais perseguindo alguém.

Um dos dois rapazes que assaltaram a tradicional Padaria do Tio, aqui no bairro Pantanal, no prédio ao lado de onde moro. Os proprietários, por sinal, são meus vizinhos de porta. Sorte que os ladrões levaram quase nada financeiramente e não machuram fisicamente nenhuma das pessoas que estavam no estabelecimento. Por sorte, um carro da Polícia Militar estava sendo abastecido em um posto de combustível daqui de perto na hora em que os vizinhos chamaram socorro.

Tudo acabou sendo um grande susto. Mas é muito mais assustadora a presença constante da violência ao redor da gente. Ainda mais em uma cidade tipo Florianópolis, que uma década atrás não era violenta. O número de assaltos e assassinatos eram praticamente irrisórios se comparado ao das grandes capitais brasileiras. Impressiona ainda mais o fato de que os dois assaltantes eram foragidos do centro de "recuperação" de menores infratores aqui da Grande Florianópolis. Pelo que me disseram, ao menos um deles já teria dois homicídios no currículo. E tudo, obviamente, em função das drogas. O velho chavão do adolescente que se torna usuário e depois passa a cometer pequenos - mais tarde, maiores - delitos para bancar o vício ou pagar a conta com os traficantes. E nós, que não temos nada a ver com tal situação (quero dizer, com a manutenção do comércio de entorpecente), acabamos nos tornando vítimas deste mundinho assustador.

Cada vez mais penso que morar em Florianópolis não é bom. Não tão bom quanto já foi.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Jornalistas e o seu dia

E hoje é "dia do jornalista". Tenho cá minhas dúvidas sobre a utilidade de tal efeméride. O twitter tá bombando com mensagens sobre a data. Maior parte dos comentários, claro, é feita por coleguinhas de profissão. Algumas interessantes, outras bem humoradas.

Na TV Câmara, a sessão de hoje no legislativo federal também já registrou muitas menções ao tal dia. Honestamente, 99% delas são meras mensagens de caráter eleitoreiro. Deputados tentando atrair a atenção de nós jornalistas, supostos formadores de opinião. Caros parlamentares, jornalista não vota por causa de tapinhas nas costas ou mensagens de solidariedade.

Certo, derrubaram a obrigatoriedade do diploma, mas só dizer que não são favoráveis à isso é insuficiente. É preciso muito mais para ganhar nossa admiração. Criar, votar e fiscalizar projetos de Lei decentes, que beneficiem não só nossa (desunida) categoria, mas também a toda a população é um bom começo, uma boa maneira de ter nossa atenção.

Cada vez mais misterioso

Estou acompanhando a derradeira temporada de "Lost". Está cada vez mais perto o final, mas ainda não empolgou. Sempre fui contra que todos os mistérios fossem explicados, mas os autores estão explicando pouco ou quase nada e criando ainda mais dúvidas.

Refletindo sobre isso, lembrei de um velho post, que pode ser relido aqui. Mantenho as mesmas expectativas daquela época.

Erro básico

Esta confusão das gratificações para o funcionalismo público tem tudo para custar caro para vários políticos catarinenses. Nem quero saber quem é o culpado, mas errou feio. E na quase véspera das eleições.

Nada mais primário do que irritar funcionalismo público em ano eleitoral. O brasileiro esquece até perdoa erro de político, afinal é um povo semi letrado. Mas mexer no bolso do vivente, ah, isso não tem perdão.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Saidêra

Apesar de já ser 1º de abril, este post não é uma mentira. Aviso aos colegas repórteres, editores, colunistas e pauteiros que NÃO sou mais assessor de imprensa da Secretaria de Estado da Educação. Com a desincompatibilização do deputado federal Paulo Bauer, que deixou o cargo oficialmente ontem para reassumir seu mandato em Brasília, eu também abro a vaga e passo a cuidar da assessoria de comunicação dele.

Nos próximos três meses, vou dividir o tempo entre Florianópolis e Brasília. Depois, quando o meu cliente definir sua candidatura (reeleição? senado? governo?) passarei alguns meses pelo interior do Estado, em campanha total, ritmo de 23 horas, seis dias por semana. Nada que vá assustar um ex-repórter da Folha de S.Paulo e ex-editor da rede Bom Dia.

Até o momento, não há uma definição sobre quem me substituirá na coordenação de comunicação da Secretaria. Mas a gloriosa ASCOM conta com duas experientes jornalistas de carreira (Suely Aguiar e Beatriz Menezes) e dois competentes estagiários (Carmelo Cañas e Jéssica Butzge) para atender às demandas da imprensa e divulgar as várias pautas muito boas sobre a educação catarinense. O telefone celular (48) 8843-4962 não estará mais comigo, mas continuará servindo para a assessoria da Secretaria, cujo número fixo é (48) 3221-6161. Assim que tiver definido meus novos contatos, divulgo aqui no blog.

Aproveito para agradecer o apoio e a cobertura que os vários colegas de rádios, televisões, jornais e websites garantiram durante minha passagem pela Secretaria. Peço desculpas por qualquer coisa e conto com vocês agora em minha nova empreitada profissional. Apelo para que todos lembrem que a Educação rende inúmeras pautas positivas e o setor, em Santa Catarina, é um manancial vasto de boas histórias, de muitos acertos, de projetos inéditos no País. Basta querer sair da insensata cotidiana busca por más notícias.

Reclamando na madrugada.

1) Não tô nem aí para o Big Brother Brasil. Ainda bem que acabou. Lavagem cerebral coletiva é dose para elefante. Taí algo que deveria ser crime, inconstitucional, proibido até embaixo d´água. E ainda reclamam que o País não vai prá frente. E o que me deixou de cara foi a quantidade de pessoas esclarecidas que passaram a se preocupar dioturnamente com os destinos daquele povo "confinado". Ah, se a TV Cultura tivesse a mesma audiência!!!

2) UFa! Terminou o drama do Caso Isabella. Justiça foi feita. Agora, colegas pauteiros, façam-nos o favor de esquecer o assunto. O que era aquela cobertura intensiva e abusiva da Globo?

3) Árbitro de futebol que prorroga jogo até os 49 minutos do segundo tempo merece cadeia.