quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dá o que pensar

- 12º ano do Big Brother no Brasil
- PT privatizando
- PT apavorado com uma greve
- série de desabamentos
- adolescente vira "celebridade" por ter ido ao Canadá
- a era do gelo se instalando na Europa
- filme mudo e preto e branco favorito ao Oscar
- novelas que continuam mostrando, em horário nobre, o que há de pior no ser humano
- o que era esquerda mais direita do que nunca
- o que era direita mais perdido que virgindade de prestadora "daqueles" serviços

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tirando o pó

Aproveitando as férias para arrumar as minhas coisas que ainda estão aqui na casa da mamma lembrei que era preciso tirar o pó aqui do blog. E, olhando para os links de blogs vizinhos, noto que não sou o único a ter se afastado desta ferramenta. Tem muita gente que trocou o blog pelo twitter.

É triste. Bom era quando a gente tinha tempo para escrever. Para ler. Mas, de um jeito ou outro, ainda que com grandes lapsos de tempo, vou tentar voltar aqui e registrar minhas impressões sobre isso ou aquilo.

Sei que estou correndo o sério risco de não ter mais leitores, afinal não atualizo isso há meses. Mas vamos lá...

Desde dia 23 de dezembro estou, finalmente, em férias. Experiência esta que eu não vivia há uns seis anos. Mas digo férias mesmo, não recesso de final de ano. Voo de Brasília direto a Chapecó, mais um deslocamento de ônibus até São Miguel do Oeste e um passeio de 10 minutos até Descanso, onde fui passar o Natal na casa da minha digníssima namorada.

E o nome da cidade não poderia ter sido melhor escolhido. Era o que eu precisava, descansar, descansar e descansar. Só interrompi esta rotina para beber cerveja. Ficamos lá até dia 28 e a estadia foi perfeita. A viagem continuou no sentido contrário até Chapecó, de onde embarcamos para Florianópolis.

Paradinha básica prá virada chuvosa de ano e seguimos até Porto Belo, onde tiramos quatro merecidos dias nas praias da Costa Esmeralda. Quem ainda não conhece Bombas, Bombinhas, Mariscal e todas as demais praias maravilhosas daquela simpática região, recomendo muito.

Voltamos para Florianópolis e a Jaque, infelizmente, retornou ao Velho Oeste, para retomar o batente, antes de voltar a Brasília no final do mês. Enquanto isso, estou aqui tentando me livrar dos vários quilos que acumulei nesta brincadeira toda, aproveitando muito a companhia dos meus pais e tentando rever o maior número possível de amigos que aqui deixei e que muito fazem falta lá no DF.

Ah, apesar do atraso, feliz 2012 para todos nós!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As belas mas agressivas do rock pesado

Dois fatos que não são mais novidade há tempos:
a) as mulheres ocupando espaços tradicionalmente ocupados por homens
b) as mulheres cantando e/ou tocando em bandas de rock



O que ainda está restrito ao underground da música é a presença feminina em bandas de estilos mais agressivos do rock pesado, como o metalcore, melodic death metal e thrash. Em boa parte dos casos, apesar da beleza, não são os atrativos femininos que chamam a atenção, ao contrário de estilos popularescos como o axé, funk e pagode. O que impressiona é a linha vocal adotada, com tons agressivos, guturais, que assustam os mais desavisados.



Algumas delas, fazem uma ótima mistura de momentos do mais puro urro com belíssimas passagens com vocal clean, em determinados momentos até com influência lírica. Li hoje uma matéria sobre o tema no site Whiplash e acabei conhecendo mais bandas como In This Moment (Estados Unidos) e The Agonist (Canadá) e descobrindo pela primeira vez a francesa Eths e a também americana Otep.



Nos vídeos abaixo dá para se ter uma idéia do que estou falando. Aos iniciantes, cuidado, é preciso um tempo para se acostumar com a mistura da aspereza com a maciez.



O aspecto visual destas novas rockstars também é destaque. Maria Brink, do In This Moment, usa roupas bem femininas, até contradizendo um pouco o que falei acima sobre a não exploração excessiva da sensualidade. Alyssa White-Gluz, do The Agonist, mantém o clichê metal. Mas nenhuma é apelativa e rostos, pernas, nádegas ou seios não interessam. O que vale é a presença de palco marcante de todas elas e as vozes assustadoramente intrigantes.







terça-feira, 16 de agosto de 2011

Rapidinhas

- Há 5 anos, o Sport Club Internacional conquistava seu primeiro título de Campeão da Libertadores da América. Em uma histórica final com o então campeão mundial São Paulo, que tanto valorizou o triunfo, o Colorado virou gente grande e iniciou uma fase espetacular de crescimento dentro e fora dos gramados.

- Daqui dois dias vamos comemorar o aniversário do bicampeonato.

- Quem sabe, na próxima semana, poderemos comemorar o bicampeonato da Recopa Sul-Americana?

Nação continente

Brasília é uma cidade muito legal. A arquitetura que continua moderna, o ar cosmopolita, a confusão de sotaques. Já me aproximo de estar acostumado a viver aqui. Mas tem algumas coisas que são mistérios para um cara lá do Sul, tipo eu:

- shopping center não tem supermercado
- um setor (bairro) inteiro sem uma padaria, mercearia ou mercadinho
- cinema de rede internacional não ter assentos numerados (não que eu ache isso necessário, mas simplesmente desobedece a regra da franquia)
- meses sem chover
- 10% de umidade do ar

É tudo tão diferente. Toda uma cultura completamente distinta da que vivemos lá naquele outro Brasil, mais ao Sul. O clichê da "nação continente" me vem à memória e exemplifica muito bem isso. Somos grandes demais, muita extensão de terras, muitas culturas, muitas distâncias e características quase opostas.

Não é a toa que os gringos vêm para cá e piram, querem, na maior parte das vezes, ficar morando no Brasil.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Brasília

Foi preciso que minha coluna dar um tilt para eu arrumar um tempo e vir tirar o pó aqui do blog. Há algumas semanas a dor na base da coluna cervical voltou, de mansinho, meio disfarçada, como se fosse algo passageiro.

Ontem, em meio ao trabalho, enquanto cobria o evento que o PSDB organizou pelo aniversário do ex-presidente FHC, a dor tomou conta. Não havia mais como ficar em pé, optei por voltar ao gabinete e tentar acompanhar as coisas via internet e celular. Sem chance. A dor foi ainda mais forte. E lá se foi minha cobertura, não consegui ver nada, nem conversar com o meu assessorado. O trabalho do dia se perdeu e fui parar na emergência.

Nada grave, disse o médico. Nada orgânico, só uma lesão mecânica. Oi? Tandrilax, 3 dias de atestado e descanso total e pronto, disse ele. Se piorar, aí é ir prá ortopedia, tirar raio x, marcar (e fazer) fisioterapia.

Ser da geração video game tem destes problemas. Final de infância e adolescência em frente à TV, com postura errada. Depois, sedentarismo e jornalismo. Não necessariamente nesta ordem. Faz a conta e o cliente ganha uma coluna com um ou mais desvios e uma vida de dor garantida.

Chega de choradeira... Estou quase completando dois meses em Brasília e, curiosamente, ainda não me adaptei à cidade. Acho estranho, pois sempre tive muita facilidade para me acostumar em novos lugares. Foi assim em Ribeirão Preto, São Paulo e Jundiaí. Mas a capital federal é estranha. Tem a geografia esquisitíssima, com quadras exatamente iguais e você sempre achando que já passou aqui antes mas, na verdade, é um lugar novo.

Tem o custo de vida altíssimo, que faz o vivente pensar sempre em ou chutar tudo pro alto e gastar mesmo, deixando prá Deus a tarefa de pagar as contas. Mas é melhor repensar isso com cuidado. É uma armadilha constante você se acostumar e achar normal gastar, na média, R$ 30,00 para almoçar e outros 30 para jantar. No mínimo.

O sistema de transporte, apesar de ter um metrô bacana, é pior do que o de Florianópolis. E o atendimento.. também. Garçons, atendentes, vendedores.... parece que todos têm raiva dos clientes. E se este reclamar, periga ser agredido. Eles acham que fazem um favor por respirar perto de você.

Pedir informações para desconhecidos é algo que desisti. Muita má vontade e a cidade parece viver num estranho fenômeno de desconhecimento de tudo. Ninguém sabe onde fica o prédio tal ou a loja qual. Horário de ônibus então.. nem pensar.

Mas é claro que há o lado bom. É gente do Brasil inteiro, então você aprende coisas e fatos novos diariamente. Há vida cultural e o clima, ao menos prá mim, até agora tá ótimo. Pela manhã é quase friozinho (para os nativos é inverno bravíssimo) e durante o dia o calor não é tão insuportável como sempre me disseram.

Há muita gente de Santa Catarina trabalhando e morando aqui. Então a saudade não é assim tão forte.

O trabalho é o desafio que eu imaginava, mas está sendo ótimo. A cada dia tenho a certeza de que fiz a escolha profissional correta ao aceitar vir para este mundo novo. Espero em julho poder voltar para casa, rever meus pais, parentes e amigos. Pegar um friozinho de verdade para retornar em agosto com gás total. O ano, mesmo passando rápido, ainda vai longe e as metas não diminuíram.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Recado ao Anônimo

Caro "Anônimo" que deixou três comentários...

a) na foto ao lado não estou adorando nada nem ninguém ou ser algum. Se você interpreta o sinal como uma referência ao diabo, o problema é seu. Não adoro diabo algum, quero é distância dele. Minha fé em Deus é minha, ninguém tasca e muito maior do que o ser que você citou. E teus pensamentos preconceituosos não têm efeito por estas bandas. Seu radicalismo religioso - melhor, apenas radicalismo, pois religião não deveria ser preconceituosa - é desnecessário e não é bem-vindo neste blog.

b) não admito as insinuações sobre a pessoa que citei no post anterior. Você tem alguma prova sobre a doença dela? Se você é assim tão crítico, tão conhecedor das coisas, por qual motivo se apresenta anonimamente. Ok, se você não tem um perfil no Blogger, o que te obriga a assinar como "Anônimo", ao menos indique seu nome. Aí sim, você ganha o direito de dialogar.

c) me reservo o direito de não publicar teus comentários, mas os matenho guardado para quem desejar ler.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Patricia Jacomel vive!

Luto. Dor. Perda. Decepção. Revolta. Tristeza. Choro.
Sentimentos que surgem quando alguém que a gente gosta, admira, deixa de viver. Quando soube agora pouco que Patricia Jacomel, uma jornalista brilhante, minha amiga, ou melhor, amiga de todo mundo, nos deixou.

Mas, agora, não são estes os sentimentos que devem ficar. Afinal, Patricia Jacomel É sinônimo de alegria, de festa, de amizade, carinho e dedicação. Fomos contemporâneos no Curso de Jornalismo da UFSC, ela era minha veterana. Assim, não cheguei a ser amigo no mais amplo sentido da expressão. Não tive a chance de fazer muitas disciplinas com ela. Mas, de cara, ganhou minha simpatia. Não há como não gostar de uma pessoa do bem. Mais tarde, na profissão, aí sim tive a chance de aprender com ela, de conviver quase que diariamente, nos corredores da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, em agendas de governo e, ano passado, na campanha.

Patricia Jacomel, meus amigos, não nos deixou. Tentem não chorar, isso iria deixá-la chateada. Ela estará sempre conosco, enquanto lembrarmos da sua alegria, sua vivacidade, sua dedicação ao trabalho, à família, a nós, amigos. Ela é outra daquelas pessoas bacaníssimas que apenas não convivem conosco fisicamente. Mas vivem eternamente em nossos corações.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tempo de mudança

Amanhã não vou ter tempo. Desde abril de 2010, esta frase virou rotina em minha vida. E assim reduzi em 99% as oportunidades de rever e estar com os amigos. Praticamente o mesmo percentual com a famiglia. E um relacionamento de longos 2 anos, acabou.

Coisas da vida e das opções que fazemos. Ninguém mandou eu escolher uma profissão ingrata, cujos salários são irrisórios - por favor, não me constranjam perguntando qual é o piso salarial dos jornalistas em Santa Catarina. Em nome de um desafio nesta carreira e de um nível salarial quase próximo do ideal, fiz a escolha que acarretou nas afirmações do parágrafo anterior.

E destas escolhas agora confirmo o que alguns já sabem. Mudança de base e, mais uma vez, deixo Florianópolis. Como amanhã não vou ter tempo, escrevo hoje sobre isso. Assim, aproveito para informar a quem interessar possa, e aos amigos dos quais não vou poder me despedir pessoalmente. A idéia era reunir a famiglia no domingo, a turma dos jornais e assessorias na segunda, o povo do rock na terça e os velhos comparsas nesta quarta. Tudo em vão. A vida tinha outros planos.

Desde sábado vivi às voltas com encaixotar coisas, separar material para descarte e doações, venda de supérfluos. Nestas horas a gente nota quanta tralha vai juntando ao longo da vida. Claro, tralhas úteis. Mas impossíveis de serem levadas para Brasília. Ah, ainda não havia dito isso. Pois é, depois de Ribeirão Preto, São Paulo e Jundiaí, agora migro para a capital federal.

Sonho antigo, sempre quis trabalhar lá como repórter. E esta é a primeira vez que confesso isso oficialmente. Não tive a competência nem a paciência necessárias para atingir esta meta profissional. Mas, como diz o colega Edson Rosa, Deus é Pai e Nossa Senhora é uma Baita. Eis que vou lá enquanto assessor de imprensa. O desafio é tão grande quanto. Não é fácil "emplacar" um chefe exigente, que integra uma oposição de pouco número e que está no primeiro mandato. Mas se quisesse um emprego onde as coisas são fáceis, não teria feito jornalismo.

Floripa.... ao contrário da maioria dos mortais, não morro de amores por esta cidade. Por favor, não se ofendam. É estonteantemente linda, sim. Fiz aqui amigos para sempre. Minha família foi muito bem recebida, alguns até se deram bem na vida. Eu é que tive problemas. Adoro este lugar, mas noto que morar em Florianópolis não é para mim. As partes negativas me irritam demais, me decepcionam. E não faço aqui nenhuma crítica à cidade. É esquisitice minha mesmo. Volto a dizer, Deus chegou, parou e deve ter ficado pelo menos umas 3 semanas só se dedicando a embelezar esta gata. Mas não é por acaso que estou indo embora pela terceira vez em 11 anos. Não consigo explicar. Acho que quero ser apenas turista em Florianópolis. Vou continuar cuidando de longe, lendo as crônicas da cidade nas letras do colega Carlos Damião, nas histórias que meus pais irão me contar - agora via MSN! Sim, coloquei ambos para se modernizar.

O cansaço após um longo dia de malas e sacolas descendo do segundo andar para o térreo e depois subindo do térreo para o quarto piso, sem elevadores, chegou. Deixo meu abraço aos amigos que só verei pela Internet nos próximos meses. Não há previsão de retorno em breve, mas tenho todos aqui no meu coração. E Floripa? olha, a vantagem de Floripa é o fato de ser a única mulher que a gente pode deixar quantas vezes quiser e ela sempre te receberá de braços abertos, essa gatona.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A noite em que o Motörhead salvou Floripa da mesmice

A noite da última quarta-feira, 20 de abril, véspera de feriado, marcou Florianópolis. Ao menos, para o público fã de rock and roll. Finalmente, a ilha das praias, dos playboys, das filhinhas de mamãe, do pagode, da música eletrônica, das persistentes e insistentes bandas cover, da mediocridade cultural, deixou de ser mocinha.

Lemmy "Is God" Kilminster, Phill Campbell e Mickey Dee mudaram tudo. Sim, meros mortais, o Motörhead, uma lenda viva - com o devido direito de assim ser chamado - do rock veio, viu, tocou, arrebatou. Tiraram Floripa para da mesmice e fizeram-na cair na vida, depois de uns pequenos, discretos e distantes flertes com o rock and roll.

Fotos: Alessandro Bonassoli


O palco foi o do Floripa Music Hall. Pequeno, apertado. Mas para o Motörhead isso é o suficiente. Não há firulas e trejeitos, efeitos especiais, telões de plasma, fogos de artifício. Apenas guitarra, baixo, bateria e vários Marshall. E, claro, alto volume, muito alto, o mais alto de todos. No programa rock and roll, sujo, pesado, muito pesado, como deve ser. Nada de baladinhas dançantes. Só "Good night, we´re Motörhead and we play rock and roll!". Aí vem o repertório que se não é perfeito - muitos clássicos da banda ficaram de fora -, hipnotizou o público. 1300? 1700? tanto faz, não importa a quantidade de afortunados.



Não há mais como fazer um set list perfeito para uma banda que está na ativa, ininterruptamente, há 3 décadas. Senti falta de "Orgasmatron", de "Over Your Shoulder", "Deaf Forever" e "Bomber". Mas as versões matadoras de "Iron Fist", "Killed By Death" e "In The Name of Tragedy" valeram a pena, apesar da acústica péssima do local. Na linha de frente, no "gargarejo" ficou complicado ouvir boa parte do repertório. Ok, não interessa. Esperamos que esta não seja a primeira e última, pois Lemmy e seus comparsas voltam ao Brasil quase que anualmente.



A história de Florianópolis e o rock pesado é um tanto conturbada. Tivemos por aqui... Helmet no extinto festival M200 Summer, Rata Blanca, Gamma Ray, Deep Purple, Glenn Hughes e o Voices Of Rock (reunindo um time de super vocalistas). Há ainda o show de Sepultura e Ramones que, apesar de marcado e anunciado para a capital de todos os catarinenses, acabou acontecendo em Balneário Camboriú. Houve ainda a antológica passagem de Ronnie James Dio na vizinha Santo Amaro da Imperatriz e o lendário embuste do Século XX, o show do Accept que não aconteceu. Nesta seara, recentemente teve outra traquinagem com a não vinda do Blind Guardian.



Claro, nacionais como Dr. Sin, Sepultura, Krisiun, Ratos de Porão, Korzus e Angra já fizeram algumas "visitas de médico". No início dos anos 90, o movimento underground aqui foi bem mais ativo, com Genocídio e Leviaethan, entre outros, fizeram cabeças serem balançadas. Certamente, estou esquecendo alguns nomes mas, muito mais do que lembrá-los, espero que Florianópolis entre de vez no rol das cidades brasileiras que tem, recebe e produz rock and roll.




Imagens da campanha

Estas estavam no celular, desde a campanha eleitoral, em 2010. Tiradas numa madrugada fria - fria mesmo - de Chapecó. A neblina sobre a estátua do Desbravador gerou uma imagem ao mesmo tempo bela e tétrica.


Fotos: Alessandro Bonassoli


quinta-feira, 24 de março de 2011

Parem o mundo. Quero descer!!

Ontem morreu a Elizabeth Taylor. Em Brasília, derrubaram a Ficha Limpa. Ou melhor, adiaram. No Japão, refizeram em poucos dias uma rodovia destruída pelo terremoto. No futebol, a dupla da Capital inverteu os papéis na eterna gangorra do esporte bretão.

Na região metropolitana de Florianópolis a comoção nos jornais e nas ruas hoje, no entanto, não é nada disso. O que mais se comenta é o velhinho tarado preso por manter relações sexuais com uma vaca. Sim, o animal quadrúpede, aquela criatura que fornece leite, pode virar churrasco e procria, normalmente, com bois.

Já posso voltar prá barriga da minha mãe?

sábado, 12 de março de 2011

Um terremoto de medo, caos e lições

Será que os roteiristas de Hollywood estavam mesmo certos? A humanidade vai acabar em meio ao caos e destruição causadas por reações da natureza à interferência imbecil, egoísta e descontrolada do ser humano? O terremoto que abalou o Japão na última sexta-feira - seguido por suas mais de 150 réplicas, pelo tsunami e, se entendi bem, por mais um terremoto neste sábado - não é o primeiro sinal de que algo muito errado está em andamento.

Até o final do século XX, terremotos e erupções vulcânicas eram coisas não tão comuns, para não usar a palavra raridade. Eram coisas que a gente lia nos jornais e assistia na TV, mas sempre tudo muito distante. Conheci cidadãos que achavam ser tudo mentira, invenção da televisão, vejam só. Bom, até hoje há quem creia cegamente que o homem jamais chegou à lua.

Mas a partir do momento que Santa Catarina viveu a desagradável experiência de ter um furacão, comecei a achar que, de fato, algo sério estava guardado para nós, seres humanos. E não me venham com clichês de "ira divina", "seleção natural da espécie" ou qualquer frase vaga assim. Estamos pagando o preço. Minha saudosa avó Iracema, no alto do seu analfabetismo mais inteligente que muito fulano com pós doc, sempre dizia: "o que a gente tira da natureza, a natureza toma de volta".

As notícias que não cessam de chegar do Japão - e dos demais países que sofreram as consequências da tragédia dos dois últimos dias - são estarrecedoras. Parace que estamos, ao vivo, em um roteiro de filmes como "2012", "Terremoto" e afins. Um tremor de terra que iniciou sei lá onde devasta uma ampla região de um país costumeiramente castigado por fenômenos semelhantes. Surge um tsunami que invade a costa, arrasa cidades, ceifa a vida de centenas. A fúria do oceano se espalha mundo a fora, colocando em risco nações no outro lado, literalmente, do planeta. E que tal uma explosão em uma usina nuclear para "incrementar" ainda mais a trama?

E ontem, nas primeiras horas após o evento, a imprensa falava em 300 mortes, reproduzindo informações das autoridades japonesas. Era óbvio que este número não passava de uma estimativa inicial. Hoje leio que de 300 a 500 corpos foram encontrados apenas no porto de Rikuzenkataka.

A primeira série de imagens que circulou pela Internet veio do The Big Picture, como sempre, mantendo a tradição do The Boston Globe. Retratos impressionantes, esforço de fotojornalistas com um olhar diferenciado. E é incrível a sensação de olhar uma foto que causa espanto, apreensão e, ao mesmo tempo, empolgação jornalística. Fontes para acompanhar as notícias são inúmeras na Internet. O UOL é um bom exemplo. A Folha de S.Paulo também.

Logo surgirão explicações para isso tudo. Talvez até o homem não seja diretamente culpado pelo terremoto. Mas isso não nos impede de pensar em como este planetinha vem sendo tratado. Eu mesmo acho esta afirmação meio piegas, mas seguro morreu de velho. Evitar o desperdício, o consumo exacerbado, investir e praticar a reciclagem do lixo, combater o desmatamento, apoiar políticos - e depois cobrar deles - que tenham real comprometimento com todas estas coisas. São apenas algumas atitudes, bem simples, por sinal, que deveríamos tomar.

Pensando bem, lembro agora da minha infância, quando a vó Cema me dizia que não se devia jogar papel no chão, pois "era feio". Talvez, sabiamente, ela já estivesse fazendo a sua parte. Ensinando, passando adiante regras tão básicas e, infelizmente, tão deixadas de lado por nós, "adultos".

quinta-feira, 3 de março de 2011

A morte de Lavínia e a impunidade

O assassinato da menina Lavínia é mais do que chocante. Uma morte por si só já é uma tragédia. Quando causada por um motivo torpe se torna ainda mais revoltante. Inclua nesta equação uma criança e a gravidade da situação transforma-se em um pesadelo revoltante. Infelizmente, um pesadelo real.

Não só para a família da criança, mas para todos nós. Só de imaginar algo assim o sentimento que vem é terrível. O que fazer em um caso deste tipo? Quanto vai levar para algum advogado alegar que a assassina tem problemas mentais? E qual a chance da Justiça aceitar a tese? Impunidade, talvez, seja a pior praga do Brasil. Acho incrível o fato de criminosos terem direitos. Como assim? Ok, o cidadão roubar uma galinha é uma coisa. Algo que tem correção. Mas sequestro, assassinato, tráfico de entorpecentes... Me perdoem, não consigo pensar em Direitos Humanos para este tipo de ser "humano".

Há pressa para uma mudança no sistema Judiciário. Crimes como este devem ter punição exemplar. Mas não se pode perder tempo com tantos debates. É algo emergencial.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Guerreiros

Lembrando de antigas bandas favoritas que, infelizmente, não estão na ativa, parei nos clipes do Savatage. Fuçando mais um pouco no YouTube, achei uma pérola: um mix de dois clássicos do grupo - "Warriors" e "Power of the Night" - como "trilha sonora" do excelente "The Warriors", que no Brasil foi traduzido como "Selvagens da Noite". Um dos raros casos em que o título nacional ficou melhor do que o original. Na verdade, trata-se de um medley das principais cenas do longa com os sons do Savatage como pano de fundo.



Para quem nunca viu - e acho que, num passado nem tão remoto, já comentei sobre este filme aqui no blog - é um cult movie de 1979, dirigido por Walter Hill. Recomendo aos fãs (se é que algum ainda não conhecia) visita ao site sobre o filme, que traz uma série de informações interessantes.

O filme já foi reprisado várias vezes pela Globo e na TV a cabo. Confesso que, sempre que me deparo com uma destas reprises, não resisto e paro para assistir. A trilha sonora original, totalmente 70´s, é também outro destaque.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ei, 2011.... vai tomar no...

O ano de 2011 já começou errando, querendo ser 2010. Tragédias naturais, um tiranete querendo pagar de ditador old school e agora a morte de um rockstar de alta qualidade. Falo, infelizmente, do lendário guitarrista irlandês Gary Moore, que morreu nas primeiras horas deste triste domingo, na Espanha.

As informações básicas sobre este gênio da guitarra estão no link do parágrafo anterior. Conheci sua arte na minha adolescência, nos saudosos anos 80, quando a música ainda era uma fonte efervescente de novidades boas. Em uma simpática loja instalada na rua Rio Branco - se não me falha a memória, onde hoje é o Botequim. Mas não recordo o nome da loja, por favor, me ajudem! - achei o LP "Gary Moore Live At The Marquee". Lançado no Brasil pelo saudoso Estúdio Eldorado, o álbum ao vivo trazia uma formação fenomenal, com Moore na voz e guitarras, Tommy "God" Aldridge na batera, o mítico Don Airey nos teclados e Andy Pyle no baixo. A versão nacional era simples demais, sem encarte, sem sequer informações sobre a banda. Um servicinho porco, diga-se de passagem. Mas o que importava era o repertório.

No lado A estavam "Back ON The Streets", "Run To Your Mamma", "Dancin´" e "She´s Got You". O lado B contava com a clássica "Parisienne Walkways", "You", "Nuclear Attack" E "Dallas Warhead". Só clássicos da primeira fase da carreira de Moore, antes de ele se experimentar o hard rock e se dedicar totalmente ao blues.



"Nuclear Attack", por sinal, ganhou uma versão em português do ótimo Inox, uma verdadeira lenda do rock pesado nacional, que conseguiu a façanha de lançar um disco pela major CBS. Mas esta é uma outra história.



Nos vídeos abaixo, é possível ter uma idéia da qualidade da música criada por Gary Moore. Particularmente, sou muito fã da fase hard rock de sua carreira, principalmente de "Aftrer The War", de 1989. O lado blues não me é assim tão interessante. ótimos trabalhos, claro, mas blues não é algo que me encante. No Brasil, o irlandês é conhecido da maioria, infelizmente, apenas pela power ballad "Still Got The Blues", que foi trilha sonora de uma novela global e lançada no álbum homônimo de 1990.





Mas não se pode deixar de conhecer seu trabalho com Phil Lynott, com quem tocou no excelente Thin Lizzy. Aqui incluo o clipe do clássico: "Out In The Fields":



E acabo de achar uma versão ao vivo, tocada ano passado de "Blood Of Emeralds" no Sweden Rock Festival - sabe, um festival de rock de verdade, coisa que não existe no Brasil, onde qualquer porcaria é considerada rock.



Ano passado perdemos Ronnie James Dio. Agora se vai Gary Moore... é triste perceber que muitos outros ídolos estão na fase de morrer.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Repórteres e tragédias

Hoje é o típico dia para o qual todos nós jornalistas fomos formados. Dia de cobrir um evento de grandes proporções, que envolva muita gente, boa parte da população. Infelizmente, é por causa de uma tragédia, de uma série de situações que colocam as pessoas em perigo, desespero.

As chuvas que caem há dias em Santa Catarina - há mais tempo na região Sudeste - trazem morte, doença, tristeza, caos, pânico e tudo de ruim que pode acontecer para um ser humano. Ao jornalista, cabe mostrar a situação, como forma de alerta e de informação. Para as vítimas, para aqueles que são vítimas em potencial e para as autoridades. Aos primeiros, nos cabe mostrar rotas de fuga, riscos de desabamentos, locais de acomodação para desabrigados, formas de contato com polícia, bombeiros, etc. Para o segundo grupo, temos que alertar sobre os riscos de, por exemplo, continuar em uma área condenada ou de encarar uma rodovia onde o trânsito não flui ou existe a possibilidade de deslizamento de barreiras. Para o grupo final, é dever da imprensa colaborar na divulgação de informações oficiais e fiscalizar os atos, a maneira como a situação vai sendo controlada, além de indicar eventuais responsabilidades pelo caos.

Não estou mais repórter - pois todo jornalista é, em sua essência, um repórter, eternamente, mesmo que não pratique esta parte de sua formação. Mas hoje eu gostaria de estar repórter. Imagino a correria nas redações, a adrenalina de quem está indo às ruas apurar os fatos, ajudar as pessoas. Como não posso fazer isso, minha forma de colaborar está no Twitter. Procuro replicar as informações que outros colegas e os órgãos oficiais vêm divulgando na rede social.

Não é muito. Ou melhor, é quase nada. Mas é um modo de colaborar. Não tenho tantos seguidores assim no Twitter, mas se as mensagens que repasso chegarem até eles, a tendência é que estes enviem para frente e assim a roda vai girando.

Um minuto de silêncio para as vítimas fatais de mais esta lição que a natureza nos dá.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Falta ousadia no Rock In Rio

A produção do Rock In Rio já anunciou várias atrações. Incluindo as da chamada "noite metal" ou qualquer expressão babaca tipo essa. Metallica, Motörhead, Sepultura e Angra são os primeiros nomes confirmados.

Pelo visto, Roberto Medina está de olho - obviamente - no lucro. Assim, melhor trazer medalhões que são garantia de público. Para nós, fãs da música é uma pena, considerando que Metallica esteve no Brasil ano passado, Motörhead virá no início de 2011, Sepultura já teve sua chance em outro Rock In Rio e o Angra tocou em todos os demais grandes festivais dedicados à música pesada no País.

Outro dia, no Twitter, brinquei que se o Medina fosse macho mesmo, traria o "Big 4", como se denominou a tour com os quatro maiores do thrash mundial (Metallica, Anthrax, Slayer e Megadeth - apesar de eu achar que deveria ser "Big 5", incluindo o Testament). Seria mais macho ainda se conseguisse reuniu a formação original no inigualável Black Sabbath. Nada que alguns milhões de dólares não consigam fazer.

Agora, se fosse para experimentar mesmo, que tal grupos desconhecidos da grande mídia, totalmente desconhecidos do povo leigo? Um festival que foi tão ousado em suas origens, ainda mais quando resolveu mudar de continente e mantendo o nome "In Rio", que sempre ousou - até demais - ao incluir artistas que são qualquer coisa, menos rock, não seria hora de ousar na escolha do cast?

- Pain

Projeto do músico, compositor e produtor sueco Peter Tägtgren, o Rick Rubin da Suécia.



Uma das raras unanimidades na cena pesada, Tägtgren é um renomado produtor do estilo e no seu projeto Pain fez uma interessante mistura de rock pesado com linhas pop eletrônicas. Alguns rotularam o estilo de Future Pop. Bobagem! É sonzêra e pronto.



- Lordi

A banda finlandesa Lordi mistura hard rock com visual na linha do Kiss e Alice Cooper, com pitadas de Twisted Sister no som. Os malucos tocam com fantasias de monstros (!!) que, de tão ridículas, ficam muito legais. Ou seja, mais comercial, impossível. Mas o que importa é o som:





segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Escritor ou repórter?

"Quem cruza a ponte Pedro Ivo Campos e vê a ilha crescendo diante dos olho, não imagina sobre o que exatamente está pisando. Não ocorre a ninguém que, sob aquele um quilômetro e meio coberto por três camadas asfálticas, trinta metros acima do mar, há muito mais do que apenas cabos, dutos e sapatas. Naquele espaço entre o topo das pilastras de sustentação e as quatro pistas expressas que desembocam na ilha, pulsa um coração. Ou melhor, vários corações.
Tal como uma variada e às vezes indesejável flora intestinal, o arcabouço que sustenta a Pedro Ivo virou um imenso albergue para desqualificados, excluídos marginais, em geral. De nada adiantam portões de ferro, cadeados reforçados e grades com uma polegada de diâmetro, separando os compartimentos do esqueleto, para coibir a invasão. Não há obstáculo que desencoraje um miserável sem-teto a ocupar uma cobertura daquelas, com vista para a baía Sul e esplêndida localização. E o que é melhor: de graça, o que por si só compensaria o incômodo do trânsito barulhento e do vento que circula sibilante pelas frestas".

Os dois parágrafos acima são um trecho de "As Covas Gêmeas", romance policial cuja trama se passa em Florianópolis e foi publicado pela editora Brasiliense há poucas semanas. Quem conhece o mínimo de texto jornalístico e o de romances, sabe que o autor não é um escritor pura e simplesmente, mas, sim, um repórter que, a partir de agora, enveredou pelo mundo da ficção.

Afinal, só um jornalista tem olhos para identificar as sentenças perpetuadas no texto acima. Digo mais, só um repórter que - quantas vezes? - passou pela área descrita, lembraria de contar quantas camadas de asfalto estão na citada ponte. E, arrisco dizer, só a mente detalhista de um repórter teria a "sacada" de fazer uma alusão ao mercado opressivo imobiliário de uma capital turística.

Este repórter é o meu particular amigo Marco Antônio Zanfra, sabe-se lá o motivo, frequentador deste humilde blog. Ainda que de longe, acompanhei a gestação do livro e, por motivo de trabalho, não pude ir ao lançamento do mesmo. Fiquei em dívida com o Zanfra, pois eu mesmo estava na expectativa por ler a obra. Lembro de ter perguntado detalhes, queria saber do que se tratava mas ele, como não poderia deixar de ser, só desviou o assunto, guardando a surpresa. Ora! quer saber o que há num livro vá comprar para ler.

Hoje cumpri este ritual. Atrás de um presente para outra pessoa, lembrei de me presentear. Ali na livraria Catarinense do Calçadão da Felipe Schmidt, adquiri meu exemplar. A ansiedade no deslocamento até o Ticen só não era maior do que o calor insuportável de Florianópolis. E, no ônibus, passando pela ponte Colombo Salles, justamente ao lado da Pedro Ivo, já havia devorado os dois primeiros capítulos. Vai ser difícil manter o controle e não ler tudo de uma vez, pois a história pede isso.

É estranho ler o texto romanceado de um colega de quem sempre me acostumei a ler os textos jornalísticos. Mas o estilo Zanfra - uma autoridade em reportagem policial - está lá, ainda que disfarçado, na espreita como o detetive Marlowe (sim, alusão total e direta ao Maior de Todos os Detetives, Phillip Marlowe, cria do genial Raymond Chandler).

Antes de começar este post, me perguntava se há diferença entre escritor e jornalista. Sim, há. Várias. Mas isso pouco importa. Bobagem discutir isso. O que interessa é a qualidade do texto, quer seja romanceado, quer seja um relato da realidade. Melhor quando é possível unir características das duas escolas.

Eu, particularmente, prefiro a ficção. Da realidade já sei o que esperar. E me dá muito medo. Melhor ter medo de algo que não vai acontecer. Mas isso é tema para uma outra atualização deste blog.

Zanfra, meu amigo, muito obrigado pelo presente de Natal.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Retomada de curso

Quem acompanha a política catarinense sabe que, por umas 48 longas horas, a possibilidade de minha carreira profissional ser levada de volta para a Secretaria de Estado da Educação foi imensa. O susto passou e, Deus queira, o plano original está mantido para 2011: o rumo para trabalhar é Brasília. Morando ou não aqui na capital federal.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Trabalho

Brasília, 22h17. Sessão na Câmara Federal vai a todo vapor. Quem é que disse que deputados (e seus assessores) não trabalham?

Mundo pequeno

Semana rica em encontros e reencontros com antigos conhecidos, desde amigos até colegas, passando por rostos brevemente notados durante a maluquice de uma campanha política. Em Brasília desde o último sábado, já encontrei três amigos de faculdade (Lucio Lambranho, Diógenes Botelho e Jefferson Dalmoro), com quem trabalhei nas redações de O Estado e A Notícia, em Florianópolis.

Também conversei pessoalmente com o João Paulo, um colega gente finíssima que eu só tinha contato via Twitter (@didadiabrasilia). Ainda vi pelos corredores do Congresso pessoas que estavam na campanha eleitoral, em um momento ou outro, sei lá em quais cidades. D´alguns não recordo o nome, outros acabaram ficando mais próximos, como a colega Jaque Bassetto. O mundo, de fato, é muito pequeno.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ao vivo, em Brasília

Nesta que é a primeira postagem em Brasília fico pensando no desespero dos colegas repórteres de Florianópolis, todos atrás de novidades - há dias - sobre o colegiado do governo Raimundo Colombo. Lembrei de como é terrível ser repórter de política no final do ano. Mas também não é muito agradável para repórteres de esporte, por exemplo. Há um vácuo de pautas, as fontes somem, entram em férias, as grandes matérias praticamente inexistem.

Disso eu não tenho a menor saudade. Nestas horas acho excelente ser assessor de comunicação. Desejo sorte aos colegas, gostaria de poder ajudar mais, porém não disponho de informações que eles querem: nomes confirmados no primeiro, segundo ou em qualquer escalão do governo. Alguns até já desistiram de me procurar.

Também penso que não defini minha situação profissional para 2011. Ainda náo sei se virei morar em Brasília ou se me tornarei freguês das companhias aéreas fazendo idas e vindas semanais para Santa Catarina. Isso, ao menos, certamente garantiria uma milhagem fabulosa.

Sobre o Rio de Janeiro.. não há o que falar. Só ficam as dúvidas sobre o real sucesso desta operação toda, sobre como o Estado fará para ocupar decentemente o lugar dos traficantes e oferecer a dignidade que os moradores das favelas cariocas necessitam. E, pensando melhor, se no Rio levaram pouco mais de duas horas, quanto tempo se levaria para tomar o Morro da Cruz, em Florianópolis? Ou lá não existem traficantes?

Digo mais, só há tráfico porque há consumo. Passou da hora de acabar com a hipocrisia da sociedade brasileira. Sim, quem consome, financia o tráfico. Provem o contrário e mudo meu discurso.

Futebol? Deu tudo certo para os times de Florianópolis, no final das contas. Ótimo para a cidade, que terá dois clubes na Série A, representando mais dinheiro arrecadado com torcidas visitantes, mais exposição na mídia nacional, etc e tal. Só espero que a rivalidade entre Avaí e Figueirense se mantenha no limite civilizado das piadinhas.

Para finalizar e voltando à minha questão profissional: trabalhar no Congresso é tudo de bom e mais um pouco para quem é jornalista. Desconfio que seja muito mais excelente para quem está repórter. Espero, muito em breve, me provar que é assim também para quem está assessor de comunicação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mudança de hábitos

Há meses venho fazendo um check up geral. Meses, explico, em função da agenda atribuladíssima que foi minha vida durante a campanha para o Senado. Agora, finalmente, estou finalizando o assunto. Eu também vinha pensando em melhorar minha alimentação e voltar a praticar algum tipo de atividade física.

Achei melhor ir em um especialista no assunto e, após uma bateria de exames, surpresa! Meu fígado contém 30% de gordura, o que, tecnicamente, me deixa à beira de uma cirrose hepática. Meu susto foi gigante, pois não bebo o suficiente para isso. O médico provou por A + B que a cirrose não vem apenas do consumo de álcool. Estou colhendo agora os "frutos" de uma vida sedentária e uma alimentação nem um pouco balanceada.

Gahei uma coleção de remédios para tomar por 15 dias e uma dieta braba pelo mesmo período. Estou sem massas, sem arroz, sem churrasco, sem cerveja. Só na base de queijo branco e peito de peru, saladas verdes (só gosto de alface) e carne grelhada, além de barras de proteína e maçã e chá verdes. Honestamente, fome não estou sentindo. Para minha surpresa, esta alimentação frugal dá "sustânça". O diabo é ficar sem sentir o gosto das coisas boas de uma "dieta dos campeões".

Amanhã tenho que fazer aquele teste da esteira, acho que para medir capacidade pulmonar e resistência. Só então virá o programa de exercícios em uma academia. O recado foi claro: ou para agora e cumpre, ou enfrente consequências muito mais graves em curto período de tempo. Agora, nem me perguntem o investimento financeiro nisso tudo. É, como diz um deputado conhecido meu, "de chorar em alemão de trás para frente".

Florianópolis sem segurança

Ainda não sei o que me assusta mais:

- o secretário de Estado da Segurança confirmar que há nos presídios de Santa Catarina uma facção criminosa nos moldes do PCC paulista, o PGC (Primeiro Grupo Catarinense)

ou

- ele reconhecer que o tema era conhecido mas, até pouco tempo, simplesmente foi tratado como, palavras dele, se não existisse.

A matéria de hoje do Diário Catarinense, manchete de capa, mostra isso tudo e um pouco mais. A reportagem é um reflexo da onda de assaltos que tomou conta da capital de todos os catarinenses nas últimas semanas. O texto do colega Rafael Martini pode ser lido aqui.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vou falar.. só um pouco

O que me agrada é que, apesar de eu ter atualizado pouco este blog, quando o faço, gero murmúrio. Dois visitantes, um cliente antigo e outra ainda novata, reclamaram do post anterior. Ao primeiro, digo que o blog é meu e escrevo nele o que desejar. Se ele pode ser ranzinza, eu também posso. Para a segunda, pense bem... ao ficar sem dizer nada, acabei dizendo muitas coisas...

Fico contente também em registrar a presença de Maria Fernanda Ribeiro, saudosa colega dos tempos do jornal Bom Dia Jundiaí. Jornalista extremamente competente que merece espaço em qualquer redação que se preze. Seja bem-vinda e volte sempre. Agora que a eleição passou, a tendência é que este blog retome suas atualizações regulares.

Para finalizar o dia, afinal sou filho de Deus e estou de folga, sobre a eleição... democracia deve ser respeitada. Uma maioria decidiu um rumo, vamos nele, fiscalizando e ajudando no que for possível. Mas acho legal lembrar que praticamente metade do eleitorado deixou claro que deseja mudanças. Estou neste grupo. Passou da hora de mudar para melhorar. Torço para que vencedores não se apeguem com vendettas e idéias retrógradas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não vou falar

* Não vou falar sobre futebol, pois meus times estão bons que é um nojo

* Não vou falar sobre política, pois não aguento mais esta briga boba

* Não vou falar sobre minha vida pessoal, pois estou em meio à outra transição dolorosa

* Não vou falar sobre música, pois estou afastado há mais de seis meses deste mundo maravilhoso

* Não vou falar sobre uma eventual mudança para Brasília, pois ainda estamos em campanha

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Só algumas palavras

Sobrou um tempinho para tirar o pó aqui do blog. Nem registrei o resultado do primeiro turno da eleição em Santa Catarina. No fim das contas, deu tudo certo para a equipe da qual sou integrantes. Venceram os candidatos que apoiamos, corremos o Estado, conheci várias cidades, muita gente nova, rimos, tivemos momentos de alta tensão, má alimentação, raras horas de sono, muitas latas de Red Bull, mas valeu a pena.

Minha idéia era fazer um "diário de bordo" ao longo de toda a campanha, mas as características mencionadas acima impediram isso. Uma pena. Talvez rendesse um bom número de histórias. E como ainda estamos em campanha, agora no segundo turno, dentro do pleito nacional, a saga continua. Acabei deixando meio de lado, mas, se rolar uma folga após a eleição, se me vier a paciência necessária, quem sabe eu não lance aqui alguma das passagens ocorridas na estrada.

Confesso que, particularmente, tive alguns dias em que a vitória me pareceu distante. O investimento do governo federal na campanha do adversário foi forte. Mas, no dia da eleição, assim que saiu a primeira parcial do TRE, me tranquilizei. Tenho colegas que prestam serviço para o PT, lamento por eles, mas eleição é igual tênis, não há como existir empate. Só um pode ganhar.

Mal terminou a festa da comemoração e já fomos à estrada novamente. Os candidatos eleitos da polialiança estão passando pelas sedes das 36 regiões administrativas de Santa Catarina. É o famoso "Obrigado meu povo", para agradecer os votos. De quebra, aproveitam para pedir votos para o candidato José Serra. Já me perdi nas contas de quantas cidades visitamos, mas sei que esta semana tem mais: Quilombo, Xanxerê, Seara, Concórdia, Joaçaba, Lages, Caçador, Videira, Curitibanos e São Joaquim.

Consegui na última semana até ver meus pais. Tive a chance de passar algumas horas com eles em três dias. Meu velho eu não via há mais de um mês, a mamma, talvez um pouco menos. Ela, por sinal, quebrou o pé no dia da votação, mas, ainda bem, já está caminhando, quase pronta para a próxima.

Ainda não consegui rever os amigos, contar as novidades, então, de certa forma, o blog pode me ajudar nisto. O Twitter acabou se transformando em uma ferramenta mais acessível, mas não pretendo abandonar esta plataforma aqui. Escrever é preciso, tuitar é um passatempo.

Volto assim que puder. Abracci per tutti!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

On the road 7

Um longo update nos roteiros pelo interior do Estado. Já não perco mais tempo tentando calcular, mas fácil poderia dizer que na média, são mais de cinco municípios por dia. As viagens iniciam nas terças e só têm acabado nos domingos.

Dormir, sempre entre da uma às cinco/seis da manhã. Claro, eventuais cochiladas durante os deslocamentos de uma cidade para outra são sempre bem-vindas.


São Bento do Sul
Rio Negrinho
Schroeder
Guaramirim
Massaranduba
Jaraguá do Sul
Araquari
Joinville
Barra Velha
Chapecó
São Miguel do Oeste
Descanso
Iporã do Oeste
São João do Oeste
Itapiranga
Mondaí
Riqueza
Caibi
Palmitos
São Carlos
Atalanta
Agrolândia
Trombudo Central
Braço do Trombudo
Pouso Redondo
Itajaí
Rio das Antas
Matos Costa
Caçador
Concórdia
Alto Bela Vista
Major Vieira
Papanduva
Itaiópolis
Mafra
Três Barras
Canoinhas

terça-feira, 31 de agosto de 2010

On the Road 6

Amanhã começa mais um roteiro no interior. A lista inclui:

Araranguá
Sombrio
Jacinto Machado
Ermo
Turvo
Meleiro
Forquilhinha
Criciúma
Içara

Quinta-feira:
Blumenau
Joinville
Campo Alegre
São Bento do Sul
Rio Negrinho

Sexta-feira:
Carreata
Guaramirim
Massaranduba
Jaraguá do Sul
Araquari
Joinville

Vai um Red Bull aí?