quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sem eclipse

Adivinha em qual cidade do Brasil o eclipse da lua de ontem à noite não pôde ser visto? Claro, na filial da ilha de "Lost". Choveu tudo e mais um pouco.

[Ouvindo: Scorpions - Holiday - Álbum: Live Rock In Rio]

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Florianópolis e o vôlei de praia

A imprensa vem divulgando a confirmação de Canasvieiras como a sede da segunda etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, a partir do próximo di 21. Não sei onde vai ser montada a arena, mas, muito provavelmente, não será na praia propriamente dita. Afinal, não recordo de nenhuma área na beira do mar com extensão suficiente para a instalação da arena onde os jogos acontecem. Bem, talvez, em frente ao trapiche, antes do rio Brás, na divisa com a Cachoeira do Bom Jesus, até fosse possível.

Se for, eis uma grande contradição da prefeitura de Florianópolis. Houve um ano - ainda na gestão da ex-prefeita Ângela Amin - que a etapa foi disputada na Passarela do Samba Nego Quirido. Por sinal, choveu, a areia virou "cimento" e os atletas saíram reclamando dos riscos de lesões. Em 2005, primeiro ano da gestão Dário Berger (PMDB), a competição aconteceu em um campo de futebol no bairro Trindade (perdão, não recordo o nome oficial daquela praça, mas é a mesma onde o Desterro mandava seus jogos na Liga Sul e no Campeonato Brasileiro de rugby), em frente ao atual Shopping Iguatemi).

Nas duas ocasiões, a prefeitura alegou que a realização do evento longe de uma praia era a inexistência de uma área adequada nas 42 praias da cidade. Será que agora descobriram um lugar adequado?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tra-la-lá

Foi mal! Esqueci de comentar aqui algo que já tá no ar há um tempinho: o blog Tra-la-lá criado pelos meus velhos amigos Renê "Alemão" Müller e Fábio "Mutley" Bianchini e pelo colega Dorva Rezende, todos repórteres do Diário Catarinense. O trio toca o terror com matérias e artigos sobre música "em geral" no caderno "Variedades" com muita competência.

Se você clicar no link acima e não funcionar a culpa não é minha. Sei lá, tem dias que funciona, em outros não. Deve ser algum probleminha no portal da RBS. O melhor caminho, no caso, é ir em www.clicrbs.com.br, escolher a parte reservada para Santa Catarina e no menu da esquerda, clicar em "blogs". Lá tem a lista dos vários blogs mantidos por outros colegas da RBS. Entre eles, o Tra-la-lá.

Normalmente, os três comentam sobre bandas indies, guitar bands e pop music. Mas eles já até abriram espaço para outras vertentes, como o velho e sempre subestimado heavy metal. No caso, permitiram que eu colaborasse. Fiz uma pressãozinha básica, disse que eles não abriam espaço para estilos que eles não curtem, coisa e tal. Deu certo! Já emplaquei duas humildes contribuições: aqui , aqui e aqui. Certo, são três links, mas dois deles devem ser considerados um só. :)


[Ouvindo: ZZ Top - Liquor - Álbum: Mescalero]

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Da série: E ainda precisam estudar para descobrir que...

Acabo de ler na edição on-line da revista Veja que um levantamento feito por pediatras dos Estados Unidos "descobriu" que "a música popular dos Estados Unidos está inundada de letras que fazem referências ao consumo de drogas, álcool e tabaco."

Ora, e ainda precisaram estudar para descobrir isso? Segundo o texto, os pediatras da faculdade de medicina da Universidade de Pittsburgh apuraram que "das 279 canções mais populares no país (as mais tocadas e vendidas, segundo a parada da Billboard) em 2005, 93 – ou um terço – falavam explicitamente do tema. Outras 117 – 42% – tocavam no assunto de alguma forma."

Tá, vá lá, que se dê o crédito para os pesquisadores. Todo mundo já sabia disso, mas "o que ninguém tinha feito antes era colocá-las no papel."

[Ouvindo: Loucyfire - As Pure As S.I.N. - Álbum: This Dollar Saved My Life At Whitehorse]

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Apocalíptico

Depois de um longo tempo fiz as pazes com o cinema. Fui ver "Eu Sou A Lenda" (I Am Legend, EUA, 2007), com o Will Smith no papel principal. Gosto muito de filmes sobre futuros pós-apocalípticos. Me interessa ter uma idéia de como seria o destino deste planetinha em um caso extremo assim.

A sinopse é bem básica e, atualmente, clichê para filmes deste sub-gênero. Neville, personagem de Smith, é o "único" sobrevivente humano depois que um vírus mais do que mortal transformou a maior parte da população em mutantes que devoram, claro, seres humanos. Ou seja, os fãs do gênero já viram "Eu Sou A Lenda" inúmeras vezes, mas em outros longas-metragens.


Imagem: Cinema em Cena


Desperdício: George Romero teria feito uso melhor dos US$ 150 milhões

Altamente "pipoca com guaraná", até que o filme não é tão fraco quanto poderia ser. A fotografia é ótima, algumas seqüências são bem legais, tipo o mano jogando golfe no alto de um porta-aviões na baía de Manhattan ou ele puxando papo com uma manequim de loja dentro de uma vídeo-locadora. Mas há dois defeitos bem problemáticos. O primeiro são os tais mutantes, "interpretados" por animações. Ficou tão ruim quanto a versão para o cinema de "O Incrível Hulk" (do Ang Lee). Perderam a grande chance de fazer do longa algo bem mais assustador, na linha dos zumbis do George Romero. Isso me lembra que é um desperdício entregarem R$ 150 milhões para "Eu Sou A Lenda". Se os estúdios liberassem uma verba destas para Romero, aí sim o mundo veria o quê é filme aterrorizante.

O segundo erro é que, quando a história finalmente começa, o filme acaba. Pois, até o cara encontrar Anna, personagem interpredata pela atriz brasileira Alice Braga, tudo parece não ser meramente a introdução de um grande épico. Uma pena. O roteiro poderia render muito mais.

Imagem: Cinema em Cena

Oportunidade: Desconhecida por estas bandas, Alice Braga ganha chance em Hollywood

[Ouvindo: Whitesnake - Judgement Day - Álbum: Slip Of The Tongue]

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Era só a crônica de uma morte anunciada

Terminou! Acabaram com o "AN Capital", suplemento publicado pelo jornal A Notícia há 12 anos e cinco meses. Hoje saiu a última edição. E a morte daquele que já foi o melhor JORNAL catarinense, superando até mesmo o próprio A Notícia, aconteceu em silêncio, com uma discreta nota na capa do caderno de hoje, praticamente um bilhete para aqueles que mais perdem com o seu desaparecimento: os leitores.

Talvez o caos que as chuvas dos últimos dias trouxeram tenha impedido uma saída de maior impacto. Talvez...

Criado em 1995, o "AN Capital" foi a tentativa do grupo que então controlava o jornal A Notícia, cuja sede fica em Joinville, de entrar no mercado de Florianópolis, naquela fase já totalmente dominado pelo Diário Catarinense, do grupo gaúcho RBS. A situação era tão inusitada que, por algum tempo, A Notícia deve ter sido o único jornal do mundo que saía encartado em um suplemento.

Grandes jornalistas passaram pela equipe durante estes anos. Todos fizeram o já saudoso ANC um jornal regional, combativo e, até onde os antigos donos permitiam, independente. Creio que muitos políticos vão comemorar o fim deste caderno.

Quando a RBS comprou o "A Notícia" da família Thomazzi, em 2006, todos os que tinham ligação com o mercado catarinense de comunicação já sabiam, ou ao menos desconfiavam, que era mera questão de tempo para o "AN Capital" ser fechado. Os novos proprietários levaram mais de um ano para tomar a decisão, mas ela veio. Simples assim. Alegando que não faz sentido manter a estrutura em Florianópolis por questões econômicas, dois representantes da empresa vieram ontem até a redação para nos avisar oficialmente.

Dos 18 funcionários que ainda trabalhavam diariamente na casa da rua Crispim Mira, 15 foram demitidos. No auge, a sucursal da Capital chegou a ter mais de 30 integrantes. É verdade que, após a compra, a RBS recolocou um número razoável de jornalistas em seus outros veículos (alguns migraram para a matriz do AN, em Joinville, outros para o Diário Catarinense e mais um para o Diário On-Line). Mas o clima entre os colegas obviamente era de tristeza. E ninguém lamentava o desemprego, mas pelo fim do jornal, que todos amavam, apesar de tudo, apesar das dificuldades enfrentadas com a eterna falta de estrutura e até um certo descaso por parte dos antigos proprietários.


Para sempre: Feito com dignidade até o último dia


Na capa da edição final, um singelo comunicado avisa sobre o fim e que o noticiário sobre Florianópolis "continua a ser publicado em uma página especial do caderno principal do jornal". Mas não há nenhuma menção às demais cidades da Grande Florianópolis, que o ANC sempre cobriu de um modo que nenhum outro fez até hoje. A cobertura, a partir da próxima segunda-feira, será feita por "uma equipe própria de jornalistas", conclui o comunicado. Só não avisaram aos leitores que dos oito repórteres, dois editores, dois fotógrafos, dois motoristas, uma diagramadora, além da recepcionista e da responsável pelo setor pessoal, que faziam isso na sucursal, a equipe terá somente três repórteres. O chargista Frank Maia e os colunistas Raul Sartori e Claudio Prisco Paraíso que não atuavam na sucursal mas eram, teoricamente, do ANC, serão mantidos no AN.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina já divulgou uma nota de repúdio ao ato da RBS. Mas isso de nada adianta na prática. De um modo ou de outro, mais cedo ou mais tarde, talvez até no próprio grupo gaúcho, nós que ficamos sem emprego vamos nos recolocar. O prejuízo maior, sem dúvida alguma, é para os leitores, para a população. Mesmo discordando da mudança, pelo motivo acima e pela minha história na equipe do "AN Capital", na qual tive o prazer de trabalhar em duas oportunidades (em 2005 e nos dois últimos meses), entendo os motivos disso tudo. Apesar de ter o nome de jornal, tudo no mundo do jornalismo impresso (e em todas as outras áreas, é claro) é business. E business exige retorno financeiro, resultados, lucros. Se quem manda acredita que pode ter mais avanços com o fim de uma publicação, nada mais há para ser discutido. Creio que se fosse empresário, provavelmente eu faria o mesmo.

Três momentos marcaram a triste quinta-feira, dia 31 de janeiro de 2008. O primeiro foi quando Edson Rosa, último editor-chefe do caderno, agradeceu à equipe derradeira. Convidado pelo editor-chefe de A Notícia para fazer algum comentário, o popular Kiko não conseguiu expressar mais do que o agradecimento. Naquela hora, foi complicado não se render ao choro. Vieram à mente todos os colegas que por ali passaram e todas as histórias que vamos levar para sempre na memória. Kiko, por sinal, fez a primeira e a última edição.

O segundo marco foi a tristeza do Vilmar, o motorista que será sempre um dos símbolos do ANC e, provavelmente, a única unanimidade positiva em toda a história do caderno. Seu eterno bom humor e as inacabáveis brincadeiras que tanto alegraram a todos naquela velha casa (e nas três outras sedes que o jornal teve em Florianópolis) ontem não desapareceram. Vilmar, se sentindo traído pela empresa para a qual se dedicou por tantos anos, saiu sem se despedir de ninguém.

Mais tarde, na Kibelândia, tradicional bar onde os jornalistas da capital catarinense se reúnem, veio o tercerio momento. Os quatro últimos contratados para o "AN Capital" - que, obviamente, sabiam que haviam assinado um contrato de risco quando decidiram em novembro passado completar o time do ANC - tentaram afogar a decepção e a tristeza em algumas garrafas de cerveja. Quase na hora da "saidêra", Edson Rosa se uniu à nós. Desabafou um pouco, mas sempre tentando manter o bom humor. Lembrou de vários ex-companheiros e, acredito, se esforçou para evitar as lágrimas.

Mas a vida continua, com o perdão do chavão. Eu só não esperava "emplacar" a derradeira manchete do "AN Capital".

Como é impossível reunir todos em uma foto, cito os vários colegas que fizeram o AN Capital. Incluo na lista aqueles com quem trabalhei direta e indiretamente. É claro que há vários outros, alguns que a memória me trai no momento e outros que nem cheguei a conhecer, além da turma do extinto departamento comercial, telemarketing e do setor administrativo.

Ainá Vietro
Alexandre Lenzi
Aline Felkl
Ana Cláudia Menezes
Ana Paula Lückman
André Gassen
André Lückman
Angelo Medeiros
Ayrton Cruz
Cao Carvalho
Carla Pessoto
Carla Kempinski
Carlito Costa
Celso Martins
Claudine Nunes
Cléia Schmitz
Clodoaldo Volpato
Cristiane Fontinha
Cristiane Serpa
Cristiano Vogel
Daniel Cardoso
Dariene Pasternak
Deluana Buss
Diogo Vargas
Dirce
Edson Rosa
Fabiana de Liz
Fábio Gadotti
Felipe Silva
Fred
Gisa Frantz
Gustavo Cabral
Luiz Christiano
James Tavares
Jeferson Cioatto
Jeferson "Fifo" Lima
Josi Castro
Julio Castro
Lara Viviane
Lucia
Lucia Helena Vieira
Lucio Baggio
Lucio Lambranho
Luis Fernando Assunção
Luis Henrique "Governador" Silveira
Mariella Lopes
Marco Zanfra
Maurício Oliveira
Mauro Geres
Mayco
Natália Viana
Néri Pedroso
Osvaldo "Coca" Nocetti
Patricia Peron
Paulo Jorge "PJ" Marques
Paulo "PDT" de Tarso
Rosane Felthaus
Régis Mallmann
Ricardo Mega
Sílvia Pinter
Upiara Boschi
Valéria Lages
Valmir "Lagoa"
Vilmar