domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ei, 2011.... vai tomar no...

O ano de 2011 já começou errando, querendo ser 2010. Tragédias naturais, um tiranete querendo pagar de ditador old school e agora a morte de um rockstar de alta qualidade. Falo, infelizmente, do lendário guitarrista irlandês Gary Moore, que morreu nas primeiras horas deste triste domingo, na Espanha.

As informações básicas sobre este gênio da guitarra estão no link do parágrafo anterior. Conheci sua arte na minha adolescência, nos saudosos anos 80, quando a música ainda era uma fonte efervescente de novidades boas. Em uma simpática loja instalada na rua Rio Branco - se não me falha a memória, onde hoje é o Botequim. Mas não recordo o nome da loja, por favor, me ajudem! - achei o LP "Gary Moore Live At The Marquee". Lançado no Brasil pelo saudoso Estúdio Eldorado, o álbum ao vivo trazia uma formação fenomenal, com Moore na voz e guitarras, Tommy "God" Aldridge na batera, o mítico Don Airey nos teclados e Andy Pyle no baixo. A versão nacional era simples demais, sem encarte, sem sequer informações sobre a banda. Um servicinho porco, diga-se de passagem. Mas o que importava era o repertório.

No lado A estavam "Back ON The Streets", "Run To Your Mamma", "Dancin´" e "She´s Got You". O lado B contava com a clássica "Parisienne Walkways", "You", "Nuclear Attack" E "Dallas Warhead". Só clássicos da primeira fase da carreira de Moore, antes de ele se experimentar o hard rock e se dedicar totalmente ao blues.



"Nuclear Attack", por sinal, ganhou uma versão em português do ótimo Inox, uma verdadeira lenda do rock pesado nacional, que conseguiu a façanha de lançar um disco pela major CBS. Mas esta é uma outra história.



Nos vídeos abaixo, é possível ter uma idéia da qualidade da música criada por Gary Moore. Particularmente, sou muito fã da fase hard rock de sua carreira, principalmente de "Aftrer The War", de 1989. O lado blues não me é assim tão interessante. ótimos trabalhos, claro, mas blues não é algo que me encante. No Brasil, o irlandês é conhecido da maioria, infelizmente, apenas pela power ballad "Still Got The Blues", que foi trilha sonora de uma novela global e lançada no álbum homônimo de 1990.





Mas não se pode deixar de conhecer seu trabalho com Phil Lynott, com quem tocou no excelente Thin Lizzy. Aqui incluo o clipe do clássico: "Out In The Fields":



E acabo de achar uma versão ao vivo, tocada ano passado de "Blood Of Emeralds" no Sweden Rock Festival - sabe, um festival de rock de verdade, coisa que não existe no Brasil, onde qualquer porcaria é considerada rock.



Ano passado perdemos Ronnie James Dio. Agora se vai Gary Moore... é triste perceber que muitos outros ídolos estão na fase de morrer.

Um comentário:

Luciana Penteado disse...

Gary era ótimo no que fazia, seja em hard rock ou em blues. Eu prefiro o blues com quem traçou parcerias de peso e abrilhantou esse estilo. Pra quem aprecia a boa música, perdemos mais um. Mas como nossos ídolos não são eternos, fiquemos com as obras que tão bem os representam.