Político cassado por infidelidade partidária vira manchete de jornal. Indignado com a cobertura que a imprensa deu ao fato, liga para a chefia da empresa jornalística reclamando do espaço aberto ao episódio: matéria abre página e com manchete na capa do periódico.
Curiosamente, o tratamento recebido pelo dileto político foi exatamente o mesmo em todos os jornais da cidade. Em momento algum, nenhuma publicação o acusou de corrupção ou qualquer outro ato ilícito. Apenas relataram a decisão do Tribunal Regional Eleitoral.
Eu, se fosse cabo eleitoral do político, trabalharia ainda mais para angariar os votos que podem - sim - reelegê-lo. Mas os gestores da sociedade não pensam assim. Afinal, é mais fácil simplesmente reclamar e usar o poder, com dois ou três telefonemas, para tentar mudar as coisas em seu favor.
Que falta faz um assessor de imprensa para passar noções de gerenciamento de crises, não? Mas quem sabe um dia as coisas mudem. E, claro, no final das contas, os incomodados que se retirem. Basta migrar para a Suécia ou para a Dinamarca.
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