sábado, 24 de outubro de 2009

Gripe A, obesidade e descaso

Acesso o portal da RBS na Internet e leio que "Número de mortes por gripe A chega a quase 5 mil mortos, segundo a OMS". O texto, da agência EFE de notícias, relata números contabilizados até o último dia 17.

"A agência das Nações Unidas reiterou que os casos registrados são os confirmados em laboratório, e, por isso, estima que o número total seja maior. A América continua sendo a região onde houve mais mortes, com 3.539 vítimas fatais confirmadas e 160.129 contágios", indica a reportagem. Não é o que aparenta em Florianópolis. Ou melhor, nesta capital parece que o vírus foi banido, pois as campanhas na mídia e nas ruas parecem ter sido encerradas.

Certo, em muitos estabelecimentos há o agora famoso álcool gel à disposição do cliente. Mas raramente tenho visto alguém utilizando o produto. Talvez o problema esteja em informações como esta: "O comunicado da OMS também explicita que, em geral, no hemisfério norte, os contágios se mantêm estáveis, embora as doenças respiratórias continuem se expandindo e aumentando sua intensidade. Estados Unidos, Canadá e México têm índices de contágio altos, mas não alarmantes. Já na Europa, apesar de na maioria dos países o contágio ser baixo, em Grã-Bretanha, Bélgica, Holanda e Noruega, as porcentagens são bem mais elevadas que a média."

"Na Ásia, foi registrado um retrocesso dos casos de gripe estacional, mas um aumento de contágios pelo vírus. Nas zonas tropicais, os índices de contágio estão caindo, com exceção de Cuba, Colômbia e El Salvador." Basta ler algo assim para que o brasileiro pense "Ah, agora posso relaxar", "não há mais perigo".

O mesmo acontece em relação à Aids. Caramba! a Aids NÃO deixou de existir! Mas pouca gente parece preocupada com a epidemia. Autoridades governamentais vêm fazendo o mínimo exigido em termos de educação, alerta e prevenção contra estas e outras doenças gravíssimas. É um descaso absurdo.

Já notaram que a população brasileira está cada vez mais parecida com a norte-americana? obesa! Obesidade é doença, vira epidemia também. Pouco ou quase nada tem sido feito para evitar isso no Brasil. Ou estou enganado?

Algo precisa ser feito senhores políticos. Não apenas sugerir projetos de Lei sobre o tema, mas necessitamos de fiscalização, cobrança à quem de direito, ações efetivas para a melhora da saúde do combalido povo brasileiro. Que, apesar de "nunca desistir", adoece. E morre. E eleitor morto, oficialmente, não vota.

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