terça-feira, 24 de novembro de 2009

Saudade e medo

Passei ontem pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, onde fui acompanhar meu assessorado, o secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, em uma entrevista para a TVAL. Para minha surpresa, encontrei a Sala de Imprensa - território da amada e idolatrada Jamile, a mãe de todos os jornalistas que cobrem a Assembléia - tomada.

Tinha coleguinhas que eu não via há meses. Todos esperando a coletiva da ministra da Casa Civil e candidatíssima à sucessão do presidente Lula, Dilma Roussef. Revi também vários políticos, povo que eu costumeiramente entrevistava durante minha vida de repórter. Confesso que, apesar de minha nova fase profissional ser muito agradável, como um novo aprendizado constante e com desafios para lá de instigantes, bateu a saudade. Não adianta, estou naquele grupo de profissionais da comunicação que fazem JORNALISMO pois querem fazer REPORTAGEM, desejam contar os fatos. Bons ou ruins.

Isto não é um lamento nem um arrependimento. A vida em uma assessoria de imprensa, ao contrário do que acreditam muitos coleguinhas, é tão boa em termos de desafio profissional quanto o dia-a-dia de uma redação. Mas, o tempo passa, e ser repórter - principalmente em Santa Catarina - é, infelizmente, uma etapa. Não dá para continuar por muito tempo sendo explorado e mal pago. Nem mesmo as benesses e o prazer que uma matéria sua publicada no dia seguinte conseguem suplantar isso.

Obviamente, não pude acompanhar a coletiva da candidata nem conversar com todos os colegas. Li os relatos nos jornais de hoje. Mas, se estivesse lá, iria perguntar à ela sobre a BR-101 Sul. Depois da passagem pela Assembléia, rumamos para Içara. Viajar por aquela rodovia, sra. candidata, é um desafio, um terror. Quanto tempo o governo federal levará para concluir aquela obra? Pouco ou quase nada se fala do PAC, pouco ou quase nada se fala sobre a BR-101 Sul, mas duvido que, se a candidata Dilma topasse ir de Florianópolis a Porto Alegre por aquele trecho, não tivesse alguma idéia de solucionar a questão. O clima é de terror e medo constante, com o excesso de veículos e os poucos trechos duplicados em contraste com as antigas vias, esburacadas.

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