sexta-feira, 12 de março de 2010

Coisas do Bonassoli II

Ao vivo de Curitibanos...

- Mais do que lamentável o assassinato do cartunista Glauco. Pelo visto, morreu de um modo "bobo" (se é que existe algum modo "não bobo" para se morrer). Tragédia pouca é bobagem. Vai fazer muita falta.

- Na quinta-feira tive mais uma passagem "a jato" por Canoinhas, onde cobri três inagurações de obras da Educação. Uma na cidade, outra em Três Barras e mais uma em Bela Vista do Toldo. Ao menos desta vez pude rever meu afilhado. Nada como a alegria de uma criança para fazer a gente esquecer dos problemas. Me assustou o fato do Yuri já ter quase 4 anos. O tempo passa, infelizmente, muito rápido.

- Falando em tempo, ainda ontem cheguei aqui na minha terra natal. Tecnicamente, eu não vinha para Curitibanos há uns 13 anos. Passei aqui três anos atrás mas não vi nada e mal falei com os familiares. A passagem do ano passando então, nem se conta. É estranho o cara voltar, rever os lugares da infância onde brincou, cresceu, viveu, riu e chorou. Muita coisa está difente apesar do lugar, que já está vivendo um momento irreversível de retomada do crescimento, insistir em parecer a mesma pacata cidade de vinte e tantos anos atrás.

Hoje saí para almoçar e reencontrei um antigo comparsa da infância, Side Provesi, que eu não via desde 1985, talvez 1987. Percebi que, em função de inúmeras razões, simplesmente perdi o contato com a velha turminha da rua. É muito tempo. Perdido. Todo mundo fala isso, mas a gente sempre acaba deixando de lado as partes boas do passado. Se afasta de quem foi ou continua sendo importante. Ao invés de somar amigos, acaba-se subtraindo. Foi estranho ficar olhando para as pessoas que entravam no restaurante na vã tentativa de lembrar se era algum conhecido. Os mais novos, obviamente eu não tenho como conhecer. Entre os mais velhos revi rostos que trouxeram memórias, mas nada de lembrar nomes. Na turma que aparenta ser da minha faixa etária, a sensação foi pior. Tirando o amigo ainda bem resgatado, não achei ninguém.

- Apesar da folga autorizada pelo chefe, estou de plantão hoje. Celular ligado direto, internet e o que for necessário. Já marquei e desmarquei visita, marquei reunião, corrigi texto, orientei colega de outra assessoria sobre como lidar com um deputado da oposição e enviei notas para a imprensa. Falta agora um press release sobre o...

- evento na Câmara dos Vereadores, ontem à noite, que foi excelente. Acabei sendo citado na sessão solente (transmitida ao vivo por uma das rádios da cidade) para alegria e orgulho dos meus pais, que estavam presentes. Meu chefe, de modo gentil e leal, revelou que o Cedup que o Estado vai construir em Curitibanos (R$ 10 milhões e 800 mil de investimento) foi sugestão minha. Provei a ele que a região acabou empobrecendo nas últimas décadas graças à decisões administrativas equivocadas e que o governo estadual precisava estar mais presente em um município que crescia muito entre as décadas de 70 e 80 mas que estagnou e, pior, perdeu espaço na economia ao ter vários distritos se emancipando e levando empresas que rendiam muitos impostos. A migração de pessoas desassistidas de outros locais menores também fez crescer a pobreza e até a violência. Ainda hoje li manchete do bom jornal local - "A Semana" - sobre um casal preso com crack. Não é este tipo de modernidade que Curitibanos necessita.


Histórico: E não é que o chefe (à esq.) me elogiou ao conhecer meus progenitores?

Uma escola de nível médio profissionalizante pode, com total certeza, ser uma excelente ferramenta de desenvolvimento econômico, social e cultural para a cidade e para o Estado. Assim que a licitação for assinada, dentro de 18 meses a unidade precisa ficar pronta. Terá capacidade total para três mil alunos, com 60 professores, nove laboratórios e até oito cursos. Não vou negar, o sentimento de orgulho por poder ajudar minha cidade é imenso. Isso, obviamente, não vai pro press release.

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