Começa a cair a ficha agora, domingo à tarde, sobre um episódio de ontem pela manhã. Ouvi as vizinhas da casa ao lado gritando "ele tá ali, mais para a direita", "subiu", "mais prá lá" e como as frases passaram a ser repetidas, abri a janela para ver o que acontecia. Eram policiais perseguindo alguém.
Um dos dois rapazes que assaltaram a tradicional Padaria do Tio, aqui no bairro Pantanal, no prédio ao lado de onde moro. Os proprietários, por sinal, são meus vizinhos de porta. Sorte que os ladrões levaram quase nada financeiramente e não machuram fisicamente nenhuma das pessoas que estavam no estabelecimento. Por sorte, um carro da Polícia Militar estava sendo abastecido em um posto de combustível daqui de perto na hora em que os vizinhos chamaram socorro.
Tudo acabou sendo um grande susto. Mas é muito mais assustadora a presença constante da violência ao redor da gente. Ainda mais em uma cidade tipo Florianópolis, que uma década atrás não era violenta. O número de assaltos e assassinatos eram praticamente irrisórios se comparado ao das grandes capitais brasileiras. Impressiona ainda mais o fato de que os dois assaltantes eram foragidos do centro de "recuperação" de menores infratores aqui da Grande Florianópolis. Pelo que me disseram, ao menos um deles já teria dois homicídios no currículo. E tudo, obviamente, em função das drogas. O velho chavão do adolescente que se torna usuário e depois passa a cometer pequenos - mais tarde, maiores - delitos para bancar o vício ou pagar a conta com os traficantes. E nós, que não temos nada a ver com tal situação (quero dizer, com a manutenção do comércio de entorpecente), acabamos nos tornando vítimas deste mundinho assustador.
Cada vez mais penso que morar em Florianópolis não é bom. Não tão bom quanto já foi.
2 comentários:
Pois é, Magoo: lembro que, quando eu fazia Polícia com o Cachorrão no "Estado",um cara ser pego com seis "fininhos" era manchete de página...
Hoje, seis fininhos não renderiam sequer um "Vias de Fato".
Marcelo
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