segunda-feira, 22 de março de 2010

Carro é o que não falta

Das duas uma: ou a auto escola é muito boa ou o trânsito de Florianópolis vai ficar ainda pior. Fui agendar minhas aulas práticas e só consegui vaga para daqui um mês!!

Não é a toa que, dizem, Florianópolis já tem, proporcionalmente, mais carros do que a cidade de São Paulo. Engraçado é que ainda se vê muito carro velho trafegando pelas ruas da capital catarinense. Sei lá, acho que deveriam criar uma lei obrigando quem troca de veículo colocar o antigo para demolição/destruição. Talvez não ficasse tão pior quanto já é o trânsito deste município.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Radioator

Eu já fui ator. Ou melhor, "radioator".

Sim, paralelamente ao primeiro emprego como jornalista, tentei carreira no ramo artístico. Brincadeirinha! Dica via tweeter do amigo Alexandre Gonçalves (@agenteinforma) me fez relembrar de um passado completamente esquecido: as aulas de rádioteatro do Curso de Jornalismo da UFSC.

Eram decorridos 1996 anos do século passado quando no famoso "tronco específico" do currículo novo, agora velho, do citado curso, voltou a existir a disciplina de "Rádioteatro". Cinco aulas por semana, sempre à noite, eram a alegria da galera. Os raros momentos onde era possível colocar a imaginação para funcionar e criar histórias e estórias hilárias na maior parte dos casos. Muitos talentos ali surgiram, outros ali despontaram para o anonimato. O que importava - e continua importando - era o bom humor, horas de descontração total para esquecermos das matérias para as aulas do Nilson Lage ou do Scotto e dos textos das teorias da Comunicação e do Jornalismo (Sérgio Weigert, Barbara Freitag, Agnes Heller e as maledetas esferas da percepção da insuportável Escola de Frankfurt!!).

Pensando melhor, graças à esta maravilha da invenção humana, a Internet, anonimato nada! No site Rádio Ponto UFSC está parte do acervo criado por várias turmas de então futuros jornalistas.

Além do próprio Alexandre Gonçalves e este que vos fala, a lista inclui roteiristas, locutores, atores, diretores, maquiadores, cabeleireiros e outros bichos tipo Giancarlo Proença (@gianproenca), Diógenes Fischer (@diogenesfischer), Jefferson Dalmoro (@jeffdalmoro), Anita Dutra (@anitadutra), Lauro Maeda, Mutley (@fabiobianchini), Andréa Beron, Eduardo Buckhardt, Bob Barbosa, Flávia Danova, Mariana Ortiga, Maurício Frighettto (@frigas), Karina Manarin (@kmanarin), Alessandra Mathyas (@alessandramathy), entre vários nomes do mesmo calibre. Não posso deixar de mencionar a presença dos para sempre saudosos Pedro Saraiva e a primeira e única Nathan Manfroi.

Vale a pena interromper o tempo e se dedicar à audição de pérolas como Luna Caliente (que continua aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), "Arnaldo, cala a boca!", a adaptação impagável de "Eduardo e Mônica", "Ópera do Malandro" (que continua aqui e aqui) e minha humilde adaptação para o clássico "Noite na Taverna", de Álvares de Azevedo (Paradise Lost, Dream Theather, Basil "Conan, o Bárbaro" Poledouris, Sepultura na trilha sonora!!!). Mas estes são só alguns exemplos, há muitos outros importantíssimos.

Bom divertimento!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pesquisas

O Ibope lançou hoje mais uma pesquisa sobre intenção de votos para a presidência do Brasil. José Serra (PSDB) aparece com 35%, cinco pontos percentuais na frente de Dilma Rousseff (PT). Tucanos comemoram, petistas dizem que é questão de tempo para este cenário se inverter.

Ah, tenham paciência! A eleição será em outubro, muita pesquisa será feita até lá. E, na boa, sete meses antes do pleito, pesquisa não define vencedor nem derrotado. Tudo, simplesmente tudo, pode acontecer até lá. Adianta gastarem dinheiro com isso? não tem notícia acontecendo no mundo não? Na política, a imprensa não tem coisa mais útil para publicar?

Na minha opinião, pesquisa de intenção de voto é igual impedimento no futebol: deveriam deixar de existir. Geram perda de tempo, mudam o foco do que realmente importa e podem complicar uma disputa.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Coisas do Bonassoli II

Ao vivo de Curitibanos...

- Mais do que lamentável o assassinato do cartunista Glauco. Pelo visto, morreu de um modo "bobo" (se é que existe algum modo "não bobo" para se morrer). Tragédia pouca é bobagem. Vai fazer muita falta.

- Na quinta-feira tive mais uma passagem "a jato" por Canoinhas, onde cobri três inagurações de obras da Educação. Uma na cidade, outra em Três Barras e mais uma em Bela Vista do Toldo. Ao menos desta vez pude rever meu afilhado. Nada como a alegria de uma criança para fazer a gente esquecer dos problemas. Me assustou o fato do Yuri já ter quase 4 anos. O tempo passa, infelizmente, muito rápido.

- Falando em tempo, ainda ontem cheguei aqui na minha terra natal. Tecnicamente, eu não vinha para Curitibanos há uns 13 anos. Passei aqui três anos atrás mas não vi nada e mal falei com os familiares. A passagem do ano passando então, nem se conta. É estranho o cara voltar, rever os lugares da infância onde brincou, cresceu, viveu, riu e chorou. Muita coisa está difente apesar do lugar, que já está vivendo um momento irreversível de retomada do crescimento, insistir em parecer a mesma pacata cidade de vinte e tantos anos atrás.

Hoje saí para almoçar e reencontrei um antigo comparsa da infância, Side Provesi, que eu não via desde 1985, talvez 1987. Percebi que, em função de inúmeras razões, simplesmente perdi o contato com a velha turminha da rua. É muito tempo. Perdido. Todo mundo fala isso, mas a gente sempre acaba deixando de lado as partes boas do passado. Se afasta de quem foi ou continua sendo importante. Ao invés de somar amigos, acaba-se subtraindo. Foi estranho ficar olhando para as pessoas que entravam no restaurante na vã tentativa de lembrar se era algum conhecido. Os mais novos, obviamente eu não tenho como conhecer. Entre os mais velhos revi rostos que trouxeram memórias, mas nada de lembrar nomes. Na turma que aparenta ser da minha faixa etária, a sensação foi pior. Tirando o amigo ainda bem resgatado, não achei ninguém.

- Apesar da folga autorizada pelo chefe, estou de plantão hoje. Celular ligado direto, internet e o que for necessário. Já marquei e desmarquei visita, marquei reunião, corrigi texto, orientei colega de outra assessoria sobre como lidar com um deputado da oposição e enviei notas para a imprensa. Falta agora um press release sobre o...

- evento na Câmara dos Vereadores, ontem à noite, que foi excelente. Acabei sendo citado na sessão solente (transmitida ao vivo por uma das rádios da cidade) para alegria e orgulho dos meus pais, que estavam presentes. Meu chefe, de modo gentil e leal, revelou que o Cedup que o Estado vai construir em Curitibanos (R$ 10 milhões e 800 mil de investimento) foi sugestão minha. Provei a ele que a região acabou empobrecendo nas últimas décadas graças à decisões administrativas equivocadas e que o governo estadual precisava estar mais presente em um município que crescia muito entre as décadas de 70 e 80 mas que estagnou e, pior, perdeu espaço na economia ao ter vários distritos se emancipando e levando empresas que rendiam muitos impostos. A migração de pessoas desassistidas de outros locais menores também fez crescer a pobreza e até a violência. Ainda hoje li manchete do bom jornal local - "A Semana" - sobre um casal preso com crack. Não é este tipo de modernidade que Curitibanos necessita.


Histórico: E não é que o chefe (à esq.) me elogiou ao conhecer meus progenitores?

Uma escola de nível médio profissionalizante pode, com total certeza, ser uma excelente ferramenta de desenvolvimento econômico, social e cultural para a cidade e para o Estado. Assim que a licitação for assinada, dentro de 18 meses a unidade precisa ficar pronta. Terá capacidade total para três mil alunos, com 60 professores, nove laboratórios e até oito cursos. Não vou negar, o sentimento de orgulho por poder ajudar minha cidade é imenso. Isso, obviamente, não vai pro press release.

terça-feira, 9 de março de 2010

Coisas do Bonassoli

Licencinha para falar da minha vida privada:

- 7,5 é a nota que o site do Detran de Santa Catarina mostra desde ontem à tarde para minha prova escrita de primeira habilitação. Sim, eu disse PRIMEIRA! Por que? Não gostou? Problema é meu se, aos 37 anos, eu não sei dirigir!

O desabafo é porque basta o cidadão masculino maior de idade afirmar que não sabe dirigir para ser olhado como se fosse leproso. Ou coisa pior.

- aproveitei o ítem acima para tentar corrigir outra limitação: a maldita regra dos porquês! :)

- Surpresa negativa de hoje pela manhã ao receber uma fatura de um cartão de crédito do qual não sou mais - graças à Deus - cliente/dependente: R$ 35 ainda a pagar, apesar de eu já ter pago toda a dívida.

- Surpresa positiva de hoje pela manhã: na verdade, é a empresa do tal cartão que me deve R$ 11!! Ok, não é muito, mas melhor ganhar R$ 11 do que pagar R$ 35.

- Se nada mudar - e nesta vida de assessor de imprensa do secretário de Estado da Educação a agenda muda infinitamente - na próxima quinta-feira voltarei à minha terra natal. Há quase 3 anos não vou a Curitibanos. Uma vergonha, praticamente um crime, para um curitibanense que vive de orgulho e paixão pela gloriosa cidade. Ok, passei por lá ano passado, mas foi, literalmente, uma passagem, não vi nenhum dos meus familiares ou amigos de uma saudosa infância, onde as manhãs frias de inverno eram lotadas de conhecimento na então Escola Básica Arcipreste Paiva, o popular Colégio Santa Terezinha, e as tardes - ainda bem - aparentemente infindáveis eram só alegria e brincadeira com velhos comparsas que não revejo há muito mais tempo do que deveria.

- Uma pena que a viagem também seja bate-e-volta: o secretário Paulo Bauer vai à Câmara de Vereadores falar para a comunidade sobre a escola profissionalizante de nível médio que o Estado vai construir em Curitibanos. Mas não posso negar que há toda uma expectativa por, pela primeira vez, desde que migrei de lá para Florianópolis, em dezembro de 1982, trabalhar no lugar onde nasci. É um mixto de orgulho, realização e saudade de pessoas que não podem estar presentes fisicamente para me ver e compartilhar, mais uma vez, uma só, o conhecimento e a orientação que ajudaram a formar meu caráter.

- Emoção às 10h50 não estava no programa do dia.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Futuro da comunicação

Profissionais da comunicação durante cobertura da inauguração do ginásio de esportes da Escola de Educação Fundamental João Café Filho, no município catarinense de Anchieta. Entre fotógrafos, repórteres e cinegrafistas, uma pequena "jornalista".

Fotos: Alessandro Bonassoli


Espero que, se ela resolver abraçar a profissão quando crescer, o piso salarial seja, pelo menos, equivalente à uns R$ 3 mil atuais.