Entre os dias da comemoração natalina em Jundiaí descobri uma pequena jóia da literatura nacional. Comprei "O Executante", de Rubem Mauro Machado, em um supermercado... por míseros R$ 9,90. Três contos exclentes que provam como histórias policiais são possíveis abaixo da linha do Equador.
O autor é jornalista, tradutor e escritor de oito livros. Com "A Idade da Paixão" ganhou o Prêmio Jabuti em 1986. Nem acabei a leitura, mas já estou "babando" por mais criações de Machado. "A Carícia da Serpente", conto que abre o livro, causou um baque e tanto. Quer seja pelo texto primoroso, quer seja pela crueza do final escatológico e verdadeiramente surpreendente. Sem contar que o colega conseguiu resumir em poucas páginas a verdadeira face da profissão jornalista. Muito diferente do que fantasiam as mocinhas ou que glamurizam os telejornais.
A edição é de 2000 é da Editora Record, dentro da "Coleção Negra", que trouxe às livrarias brasileiras algumas preciosidades da literatura noir. "Los Angeles Cidade Proibida" (James Ellroy), "O Colecionar de Ossos" (Jeffrey Deaver) e "A Região Submersa" (Tabajara Ruas), citando só alguns títulos. É clichê, mas há muito produto nacional de alta qualidade que, infelizmente, continua esquecido e desconhecido nas prateleiras de livrarias e... supermercados.
Um comentário:
Não quero puxar a sardinha para a minha brasa, mas em abril, com o lançamento de meu livro "As covas gêmeas" pela Editora Brasiliense, você vai confirmar que "histórias policiais são possíveis abaixo da linha do Equador".
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