terça-feira, 31 de março de 2009

Equipe, brother!

De uns tempos para cá, em todo e qualquer discurso, o governador Luiz Henrique da Silveira faz questão de destacar seu vice, Leonel Pavan. "Com quem governo a quatro mãos" virou frase emblemática.

Seria uma maneira de tranquilizar o PSDB, reafirmando o compromisso de renunciar em 2010 para que o vice tucano assuma o governo estadual? Ou o contrário?

Aproveitando a deixa dos discursos de LHS, não se pode negar que ele é um alívio para as platéias e para a imprensa. O homem, na maior parte das oportunidades, vai ao microfone e dá o recado em duas ou três frases. Ao contrário da imensa maioria dos políticos, ele não perde tempo com o tradicional, irritante e desnecessário "quero cumprimentar o fulano, quero cumprimentar o cicrano, quero cumprimentar ainda o beltrano, em nome de quem aproveito para lembrar de jostrano".

Quem, afinal de contas, disse para os políticos que eles devem fazer a população perder tempo ouvindo tantos cumprimentos? O ideal é cumprimentar o cidadão mais gabaritado na cerimônia "em nome de quem cumprimento as demais autoridades presentes" e pronto, segue o discurso. De preferência com, no máximo, três minutos de duração.

2 comentários:

Marco Antonio Zanfra disse...

Isso é falta do que dizer. Para evitar que a plateia (quase que eu botei acento!) preste atenção nas besteiras que ele vai falar, o político-mala passa vários minutos saudando todo mundo; quando chega a hora de dizer as besteiras, o povo já está de saco tão cheio que nem presta mais atenção.

Marcelo Santos disse...

Alívio? Eca!! Só de ouvir o homem falar já é um terror para os meus pobres ouvidos. Graças a Deus não tenho mais obrigação de ouvir sua majestade abrir a boca. Magoo, se agora ele está assim, agradeça. No início do governo, os discursos dele eram irritantemente longos, cheios de chavões e repetindo o mesmo discurso batido da época da campanha. Como ele também adorava (ou adora, não sei) chegar atrasado às solenidades, era um horror duplo - esperar pelo início e ainda ter que ouvir o discurso. Se pelo menos o discurso já encurtou, quem sabe agora ele até chega no horário às cerimônias.

Abraço,
Marcelo Santos

PS: nenhum discurso, porém, se compara à experiência de ouvir a primeira-filha assassinar o hino nacional na festa de re-posse.