quarta-feira, 24 de junho de 2009

Novidades sobre o caso de O Estado

A gerente de patrimônio cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Karla Fonseca, informou hoje à tarde, ao grupo História e Patrimônio da Udesc, e aos jornalistas que se mobilizaram em favor do salvamento do acervo do jornal O Estado, que "a situação já não é mais tão alarmante".

Nos escombros do que um dia foi o jornal, na rodovia SC-401, sintomaticamente em frente ao cemitério Jardim da Paz, ela soube que "muitas pessoas passaram por ali entre segunda e hoje para verificar a situação". Karla também apurou que José Matusalém Comelli, antigo dono de O Estado, esteve no local horas antes. "Levou parte do acervo para a fábrica de bordados de sua ex-esposa (Hoepcke Bordados), onde ficará guardado por enquanto. O Sr. Comelli foi motivado pelas inúmeras denuncias de abandono que estão circulando por blogs e pelas diversas listas de discussões", revela a mensagem da gerente.

Karla revelou também a explicação que obetve para as fotos, contatos e negativos jogados pelo chão. O acervo fotográfico estaria encaixotado para ser levado para a fábrica. Mas, "durante o final de semana, a empresa foi invadida por ladrões que roubaram esquadrias, fiação... Não tendo onde carregar os objetos do furto, eles pegaram as caixas de papelão onde estavam as fotos e as jogaram no chão". A fonte da gerente é um senhor que esteve o dia todo no local. Segundo ele, as fotos teriam sido novamente encaixotadas e levadas para a fábrica de bordados. "Me mostrou ainda as condições de parte do acervo que irá amanhã para o mesmo destino. Estão numa sala fechada, parte em caixas de arquivo e parte em caixas de papelão. De forma geral, estão em bom estado", comentou Karla.

"Nas salas abandonadas, hoje tinha alguns papeis pelo chão, máquinas e muito entulho. Consegui um telefone do antigo diretor do jornal, que também está 'cuidando' do acervo, segundo este senhor. Tentei entrar em contato para saber o destino que será dado a documentação, mas o telefone estava desligado. Continuarei tentando e qualquer novidade os informo", concluiu a gerente.

Tudo isso é um atenuante. Mero paliativo. E, depois de tudo, de tantos erros por parte do Sr. Comelli, só acreditarei que tais medidas serão tomadas quando houver uma atitude prática, pública, transparente e eficiente.

3 comentários:

Redação Plano E disse...

Um fato estranho: o vídeo do Ozias foi feito na sexta-feira e mostra muitas fotos, negativos e contatos espalhados pelo chão. Se foram ladrões que fizeram o estrago, não foi no fim de semana, como contaram pra Karla. Outra coisa: prédio começou a ser demolido com acervo lá dentro "bem guardadinho"?

Anônimo disse...

Como sempre, a história nao era bem assim.Custava algum de vcs jornalistas terem entrado em contato com o Comelli p/ saber a versao dele? Agora, quem foi lá bisbilhotar e fotografar em propriedade lacrada pela justiça, creio que poderá explicar onde foi parar o que estará faltando, pq podem ter estado lá para furtar as fotos tbem.Acho que deram discurso ao Comeli.

Anônimo disse...

Só mudaram o problema de lugar. Outro dia a fábrica teve que dar férias forçadas aos funcionários por não ter dinheiro para honrar o compromisso. Essa família não tem respeito pela história de SC. Pegaram o material do antigo prédio por vergonha porque sabiam que tava la, afinal, o predio foi a leilão e antes disso, Sir falido matusalém teve que lavar da área. Pq não levou tudo junto? Preguiça? Esqueceu? Não,sacanagem mesmo. Desleixo!