domingo, 14 de outubro de 2007

Tragédia sem fim

A Agencia Estado afirmou no último dia 11 que Santa Catarina tem o 2º maior índice de mortes nas estradas. A notícia foi publicada três dias depois do acidente no Oeste do Estado, que matou 27 pessoas.

É "uma triste estatística, que teima em não cair mesmo após dez anos da implantação do Código de Trânsito Brasileiro. Santa Catarina é o segundo Estado que mais mata pessoas em estradas federais e estaduais no País. Ano passado, 1.183 perderam a vida, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e das Polícias Rodoviárias", revela o texto. É um número apenas menor do que Minas Gerais, "o campeão em tragédias nas estradas, com 2.335. Se for levado em conta os 1,3 milhão de quilômetros de rodovias, o Brasil mata em média 40 pessoas por dia em acidentes." O caso catarinense impressiona mais pois o Estado mineiro é muito mais extenso do que Santa Catarina.

De acordo com a Agência Estado, "a cada 1.000 acidentes nas estradas federais, 772 pessoas ficam feridas, 58 morrem na hora e 37 morrem no hospital. O prejuízo causado aos cofres públicos é de R$ 22 bilhões ao ano - estão incluídos gastos com saúde e resgate, a reabilitação, os danos aos veículos, a perda da carga do caminhão, a remoção do veículo e o translado da carga e até a perda de produção da pessoa que fica sem trabalhar. Uma vítima fatal chega a custar R$ 281.216 para o governo."

"O índice de mortes por 1 mil quilômetros em rodovias é de 10 na Itália, 6,56 nos Estados Unidos e de até 3,3 no Canadá. No Brasil é de 106,79", informa a reportagem. Enquanto isso, Renan Calheiros leva CINCO meses para sair de um cargo público. Seus colegas nada fazem para evitar a corrupção, a falta de decoro amplo e irrestrito em todas as esferas políticas deste país. Criar métodos efetivos para, no mínimo, tentar combater a tragédia sem fim nas estradas que é bom, nada.

Estradas melhores, sistemas alternativos de trasporte (hidroviário, ferroviário, por exemplo), campanhas permanentes e mais elaboradas de trânsito, condições adequadas para o policiamento rodoviário (bons salários, equipamentos atualizados) cuidar das rodovias, fiscalização eficaz e punição severa para infratores. Sem isso, o número de mortes nunca vai parar de aumentar e o prejuízo no sistema de saúde jamais vai diminuir.

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